Artigo | 5 atitudes positivas do educador de alta performance

Por Erik Penna


Qual a profissão que forma todas as outras? Sem dúvida alguma a do professor.  E não é incrível como este profissional é muito reconhecido em alguns países e tão pouco valorizado no Brasil? Já parou para pensar a importância gigantesca dos professores na vida das pessoas?

Como pode um país se desenvolver verdadeiramente sem antes passar por uma transformação na educação? E o principal ator, o protagonista, é o professor, aquele que faz a coisa acontecer lá na ponta, na escola, com os alunos e toda a comunidade escolar.

Portanto, este profissional deve ser valorizado não apenas no discurso, mas de fato com uma formação continuada de qualidade, apoio e reconhecimento perene da liderança, bem como uma remuneração que espelhe o papel significativo na vida dos alunos.

Enquanto isso não ocorre, consigo ver nas andanças e palestras que apresento por todo o Brasil que, mesmo com todas estas lacunas, alguns educadores  continuam a fazer a diferença na vida das pessoas.

Enumero a seguir 5 atitudes que admiro nos educadores de alta performance:

1) Alegria e paixão

O grande educador Paulo Freire dizia: “Só desperta paixão em aprender quem
tem paixão em ensinar”. Um professor sem alegria não conseguirá agigantar os resultados dos seus alunos. O processo ensino-aprendizagem apresentará um melhor resultado quando for executado com prazer, paixão e alegria por parte dos alunos e educadores.

“Saber encontrar a alegria na alegria dos outros, é o segredo da felicidade” (Georges Benanos).

2) Aprimoramento contínuo

O educador de alto desempenho compreende seu papel de mediador que desperta a interatividade. Isso não ocorre através de um monólogo arcaico, mas de uma maneira moderna, participativa e interativa de compartilhar o conhecimento, dentro e fora da sala de aula, e com a relevância de que o aprimoramento contínuo exerce nesta hora. E, ainda, a partir desta evolução, conseguir com que a comunicação seja pensada como a arte de ser entendido, ou seja, não adianta falar ou passar a matéria, pois o que realmente importa é o que o aluno entendeu. A comunicação será mais efetiva quando for tão interessante para quem fala quanto para quem escuta.

Um amigo disse algo que todo colega professor também deveria refletir:
“Quer piorar? É só parar de melhorar”.

3) Motivação

Você sabia que 74% dos professores estão desmotivados com a profissão? É o que revela um estudo realizado pela Comunidade Internacional de Cooperação na Educação com professores de 11 estados do Brasil, mais o Distrito Federal. Não é fácil se motivar quando há gestores escolares ausentes, alunos desinteressados e a falta de comprometimento de alguns líderes com o piso salarial, plano de carreira e remuneração por desempenho. Mas o professor de alta performance atua motivado mesmo assim, afinal, atua pensando na sua missão de vida, se realiza na função de transformar a vida das pessoas.

A motivação é fundamental, pois sem ela, os dons mais raros de um professor se tornam estéreis.  Paulo Freire dizia que a educação necessita tanto de formação técnica como de sonhos e utopia.

4) Humildade

É preciso reconhecer que não se sabe tudo, que é preciso aprender a aprender para, só depois, ensinar com excelência.

Tive o prazer de fazer um curso internacional sobre liderança na universidade de Tampa – Estados Unidos, e percebi que os professores estimulavam constantemente os alunos a fazerem perguntas. Os questionamentos eram respondidos ou compartilhados com os demais alunos para auxiliar na construção da resposta. O mais impressionante é que, por diversas vezes, os professores, mesmo sendo PhD’s, respondiam: “Não sei a resposta. Vou pesquisar e depois lhe envio”. Esse procedimento é bem diferente em relação a alguns professores no Brasil. Meu irmão comentou que, enquanto ele cursava a faculdade de Direito, um de seus professores dizia: “Comigo ninguém tira nota dez e metade da sala vai para a recuperação”. Então, que nota poderia receber um professor desses? Quanta soberba e tamanha falta de humildade?

Pense: Qual foi a última vez que você admitiu um erro ou respondeu “não sei” para algum questionamento de seu aluno?

5) Avaliação

Sábio é o professor que:

– Encontra formas diferentes e criativas para avaliar seus alunos e não apenas através de uma prova escrita, muitas vezes fria e cheia de pegadinhas. Ele tem a consciência de que uma prova é um indicador que mensura não apenas o aluno, mas também, o próprio professor.

– Não utiliza a avaliação como forma de punição como, por exemplo, reprovar um aluno porque ele é deselegante ou mal-educado com ele.

– Mesmo com tantas dificuldades e razões para desistir, decide ofertar verdadeiramente o melhor de si e, mesmo diante de tantas adversidades, inspira e transforma pessoas e resultados.

E, se mesmo ao empregar todas estas atitudes, além de todo esmero e empenho, os alunos não o reconhecerem hoje como um mestre, anote no coração esta frase tão consoladora, verdadeira e motivadora de James Hunter: “O mestre surge quando o discípulo estiver preparado”.


Erik Penna é professor, palestrante motivacional, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender”, “Motivação Nota 10” e “21 soluções para potencializar seu negócio”. Saiba mais no site:www.professorerikpenna.com.br

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