Associação na Chapada dos Veadeiros vai contribuir para a preservação do cerrado e a geração de empregos

Instituição será inaugurada no dia 10 de junho, às 10h, no povoado de São Jorge, em Alto Paraíso (GO)

Incentivados pela vontade de fazer mais pelo meio ambiente e, ao mesmo tempo, por sua comunidade, ajudando as famílias mais carentes, um grupo de coletores de sementes da Chapada dos Veadeiros resolveu se unir e criar a Associação Cerrado de Pé. A instituição será oficialmente inaugurada no dia 10 de junho (sábado), às 10h, no , em Alto Paraíso de Goiás.

A Cerrado de Pé tem como parceira a Rede de Sementes do Cerrado. Entre os apoiadores da iniciativa estão o Sebrae, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), a Universidade de Brasília (UnB), a Embrapa e o ator Marcos Palmeira, grande defensor da preservação do meio ambiente. Para criar a Associação, o grupo se inspirou no projeto de reflorestamento que está sendo feito no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros desde 2012.

Segundo o presidente da Associação, Claudomiro de Almeida Cortes, a entidade trabalhará em benefício dos coletores, comercializando as sementes coletadas com as empresas de reflorestamento e outras instituições interessadas. O valor arrecadado com a venda de sementes será revertido para os coletores, uma vez que a entidade não terá fins lucrativos.

Conforme Cortes, a entidade vai oferecer treinamento aos interessados em aprender a coletar e a beneficiar as sementes do cerrado, dando oportunidade de trabalho para dezenas de famílias, inclusive da comunidade quilombola Kalunga e de assentamentos localizados nas redondezas de Alto Paraíso, Teresina de Goiás, Cavalcante e Colinas do Sul. Hoje, a associação já reúne 66 coletores treinados e mais de 500 sacas prontas para comercialização.

Segundo o presidente da Associação, o nome Cerrado de Pé foi escolhido por ser este o objetivo da entidade: manter o cerrado de pé. Ele explica que, com a mão de obra dos coletores treinados, é possível plantar mais cerrado e reflorestar áreas desmatadas por meio do “sistema muvuca”, opção econômica e que utiliza um grande número de sementes nativas, preservando as características desse bioma, que hoje conta com cerca de 12 mil espécies de plantas.

“A importância da Associação para a comunidade da Chapada é muito grande. Em primeiro lugar porque vai treinar esses coletores, que vão deixar de fazer roça de toco, de desmatar, acabando com o meio ambiente, para ser coletores e ter uma renda. Então, além de preservarem a sua área, estarão coletando sementes para plantar em outras áreas, contribuindo para o reflorestamento, deixando o cerrado de pé”, explica Cortes.

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