Diabetes aumenta risco de cegueira em até 25 vezes

75% das pessoas que vivem com a doença há mais de 20 anos desenvolvem a retinopatia diabética, que danifica os vasos sanguíneos dentro da retina e pode provocar a perda total da visão

Pessoas com diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as que não possuem a doença, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). Isso acontece porque a doença pode desencadear um quadro de retinopatia diabética, que atinge mais de 75% das pessoas com diabetes há mais de 20 anos e ocorre quando o excesso de glicose não absorvida corretamente pelo organismo danifica os vasos sanguíneos dentro da retina. O debate sobre o assunto tem se intensificado com a proximidade do Dia Mundial do Diabetes, no dia 14 de novembro.

“Caso o paciente não busque tratamento, a visão pode ficar seriamente comprometida e o quadro pode evoluir para a cegueira, já que a retinopatia diabética surge sem que o paciente note nenhum sintoma inicial ou diferença na maneira como enxerga”, alerta o oftalmologista da Clínica Oftalmed, Jonathan Lake.

Por terem paredes frágeis, os vasos sanguíneos que irrigam a retina podem se romper e espalhar sangue pela cavidade vítrea. Para evitar essas hemorragias, é preciso diagnosticar a doença precocemente. Por isso, todo paciente com diabetes tipo 1 ou 2 deve fazer o exame do fundo de olho pelo menos uma vez por ano.

“Na gravidez, os cuidados com a visão devem ser redobrados. Para proteger a vista, as mulheres grávidas com diabetes precisam fazer pelo menos um exame do fundo de olho a cada trimestre gestacional”, ressalta o especialista.

Quando a retinopatia diabética é diagnosticada precocemente, é possível que o médico especialista indique a realização da chamada fotocoagulação por raios laser, procedimento em que pequenas áreas da retina doente são cauterizadas com a luz de um raio-laser na tentativa de evitar hemorragias.

Mas se o quadro hemorrágico não for evitado, o vazamento de sangue faz com que o paciente veja pontos ou manchas flutuantes na visão, o que resulta em perda de visão. “Ao primeiro sinal de visão borrada ou qualquer outra alteração, é preciso procurar imediatamente um oftalmologista”, reforça Jonathan Lake.

FASES – A retinopatia diabética pode provocar desde microaneurismas, que são pequenas áreas de dilatação dos vasos sanguíneos da retina, até o bloqueio severo de diversos vasos sanguíneos do globo ocular, fazendo

com que regiões da retina parem de receber sangue e, consequentemente, oxigênio. Na tentativa de recuperar a circulação normal na área, o organismo pode desenvolver vasos sanguíneos defeituosos e frágeis – fase mais grave da doença.

PREVENÇÃO – O controle cuidadoso do diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação destes tratamentos prescritos pelo médico endocrinologista são a principal forma de evitar a retinopatia diabética. Manter bons níveis de pressão arterial e taxas de colesterol também ajuda a proteger os olhos e a saúde como um todo.

DIABETES – O diabetes se dá quando o pâncreas deixa de produzir a insulina – hormônio responsável pela absorção da glicose – em quantidade suficiente (tipo 1) ou quando o organismo se torna resistente à sua ação (tipo 2). A doença atinge mais de 16 milhões de brasileiros adultos e mata anualmente 72,2 mil pessoas acima de 30 anos de idade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

OFTALMED – Com 23 anos de tradição no Distrito Federal, a Clínica da Visão OFTALMED possui unidades na Asa Sul, Taguatinga e Águas Claras e realiza mais de 14 mil atendimentos mensais, entre consultas e exames clínicos. Além do atendimento clínico geral, a OFTALMED oferece atendimento especializado em catarata, refrativa, retina, glaucoma e cirurgia plástica.

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