Em visita ao Vale, comitiva sueca conhece projeto de reflorestamento realizado pelo Corredor Ecológico

Grupo da Agência Florestal Sueca esteve em São José dos Campos e Pindamonhangaba nesta terça-feira (7)

A ONG Corredor Ecológico recebeu, nesta terça-feira (7), uma comitiva formada por acadêmicos e especialistas da Agência Florestal Sueca, a SFA (em inglês). Os suecos visitaram diferentes programas de reflorestamento, desenvolvidos em propriedades de São José e Pindamonhangaba.

A comitiva, que também contou com membros da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo e de outras organizações, como a WRI Brasil, começou o dia de visitas na Fazenda São José, em São José dos Campos.

Na fazenda, propriedade familiar do advogado Pedro Magno, os visitantes foram recebidos com um café feito apenas com ingredientes de produtores regionais. Ainda à mesa, a comitiva ouviu uma pequena explicação sobre o trabalho desenvolvido pelo Corredor Ecológico e a atuação da ONG no reflorestamento de cerca de 25 hectares de mata nativa na propriedade.

Depois disso, o grupo seguiu por uma trilha para ver de perto o trabalho de replantio realizado pelo produtor, em parceria com o Corredor Ecológico.

“É impressionante ver o quanto é possível ser feito quando se trabalha em parceria com o produtor rural. A propriedade é um exemplo de que a produtividade e a conservação podem e devem caminhar juntas”, afirma Liselott Nilsson, especialista em sensoriamento remoto da SFA.

A área reflorestada na propriedade tem como objetivo, além de proteger a floresta, preservar a água que, de lá, ruma para a represa do Rio Jaguari, ligado à Bacia do Paraíba do Sul.

Coruputuba

Depois de conhecer o trabalho realizado em São José, a comitiva seguiu para a fazenda Coruputuba, em Pindamonhangaba. Na propriedade, eles conheceram um dos mais bem-sucedidos modelos de agrofloresta do país, realizado pelo produtor Patrick Assumpção.

Os visitantes puderam ver de perto as mais de 100 espécies comestíveis plantadas na fazenda. Vinagreiras, feijões-caupi e mandiocas-ouro – todos ingredientes disputados em restaurantes estrelados da capital – crescem junto às espécies nativas. Além disso, o local cultiva árvores para madeira de reflorestamento e plantas para produção de biodiesel.

O reflorestamento rendeu ao agricultor novas e variadas fontes de renda. “Atualmente vivo da agroecologia, tenho fornecedores variados e posso respeitar o ciclo das espécies, sem castigar o solo com a monocultura”, explica Assumpção, que também viaja o país oferecendo assessoria sobre a prática.

Trabalhando juntos

Para a articuladora e mobilizadora do Corredor Ecológico, Tatiana Motta, a experiência foi importante para mostrar aos visitantes que a área precisa de parcerias e trocas de experiências entre diferentes atores da preservação ambiental.

“Acredito que a chave para construirmos algo concreto é trabalharmos juntos no âmbito local, assim como estamos fazendo aqui. Nosso desafio é colocar todo mundo ao redor da mesa e trocar experiências”, comenta.

A comitiva, que está em São Paulo desde o dia 5, segue em viagem pelo estado até sábado (11).

O Corredor Ecológico

Criado em 2009, o Corredor Ecológico reúne organizações do primeiro, segundo e terceiro setores para propor um diálogo sobre o desenvolvimento social, econômico e cultural do Vale do Rio Paraíba do Sul por meio do planejamento e de intervenções que ampliem a oferta de serviços ecossistêmicos integrados ligados à água e à biodiversidade, com a conscientização da sociedade para o valor do patrimônio ambiental da região. Para isso, o Corredor desenvolveu a metodologia “Linhas de Conectividade”, que visa garantir o desenvolvimento e a perenidade das florestas a partir de um guia de reflorestamento que mapeou todas as áreas que precisam receber plantios, evitando assim que investimentos florestais sejam desperdiçados.

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