Estudantes e professores da rede pública poderão ter aulas virtuais com parceira da Google

Parceria com uma das maiores empresas de serviços online do mundo existe desde 2016

 

 

Agregar a tecnologia com educação é o sonho de muitos jovens, antenados em smartphones e tablets praticamente o dia todo. Na rede pública de ensino do Distrito Federal isso já é realidade. Em parceria firmada com uma das maiores empresas de serviços online do mundo, a Google, a Secretaria de Estado de Educação do DF (SEEDF) disponibiliza, desde o ano passado, gratuitamente, uma ferramenta chamada Google Classroom a professores e alunos, que permite a criação de salas de aulas virtuais.

Nestas salas, os educadores têm autonomia para inserir conteúdos, criar debates, mandar avisos, postar vídeos pedagógicos, aplicar testes e várias outras atividades interativas que podem ser acessadas em tempo real de qualquer lugar do mundo e em qualquer momento pelos estudantes. A intenção é dar maiores possibilidades de aprendizado aos alunos, além de estreitar o contato entre docentes e discentes.
De acordo com o idealizador da parceria e coordenador do Núcleo de Tecnologia de Brazlândia (NTE), André Rocha, o objetivo é capacitar em curso os professores para que eles transmitam o conhecimento aos estudantes. “Nós já temos 1.256 contas criadas na rede de ensino do DF. Cada turma virtual pode ter até mil alunos participantes e 20 professores. Isso é uma evolução muito grande para a educação. Pretendemos fazer oficinas a todos os educadores que ainda não fizeram o curso profissionalizante”, garante.

Para entender melhor o funcionamento da ferramenta, 349 professores se inscreveram na 1ª edição do curso “Ferramentas do Google Para Educação – Gsuíte”, do NTE, certificado pelo Centro de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (EAPE). Neste semestre, foram criadas 18 turmas, que funcionam em vários NTEs, espalhados em escolas das 14 Regionais de Ensino do DF. A preleção começou em abril e vai até julho, com aulas ministradas uma vez por semana e carga de 90 horas/aula.

Durante as aulas, além de discutir o uso do Google Classroom, os educadores também aprendem a navegar nos principais programas da Google, como o Google Livros, Google Agenda, Google Mapas, Google Alertas e todas as ferramentas que podem ajudar a garotada a se interessar cada vez mais pelos conteúdos das disciplinas. “O curso tem sido muito procurado e muitas turmas estão cheias porque são ferramentas interativas e os jovens são extremamente atraídos pela tecnologia, já que eles já usam isso no dia a dia deles, e, além disso, a gente imagina que o futuro da educação seja esse, voltado à tecnologia”, conta, entusiasmado, o professor de uma das turmas do NTE de Taguatinga, Márcio Dias.

O formador explica que a idade dos alunos têm que ser levada em consideração para o nível de conteúdo postado e apresentado. “Uma ferramenta que funcione muito bem para o ensino médio talvez não funcione muito bem para o ensino especial, que por sua vez não funcione muito bem para a educação infantil e assim sucessivamente, mas todos têm espaço”, ressalta Dias.

Para o professor de informática Anderson Araújo, da Escola Técnica de Ceilândia, que já é familiarizado com o mundo virtual, a novidade só trará benefícios à educação. “Nós já trabalhávamos com outras ferramentas na escola, mas agora a gente percebe que o professor terá uma independência maior nos trabalhos, até porque são aplicativos fáceis de serem manuseados. E também a tecnologia tem uma grande facilidade de aproximar as pessoas no aspecto educacional. Agora, os alunos não terão mais a desculpa de não sabiam dos trabalhos, porque o Google Classroom manda avisos”, brinca Araújo.

A previsão é de que novas turmas sejam abertas no semestre que vem. As inscrições são feitas por meio do site da EAPE. Professores de carreira magistério podem participar, além de orientadores e contratos temporários.

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