As informações estão em nota divulgada hoje (11) pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), por meio da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro), e pela Superintendência Federal de Agricultura em Mato Grosso do Sul (SFA/MS), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo os órgãos, os primeiros resultados dos ensaios laboratoriais feitos com amostras da silagem de milho, fornecida aos bovinos do confinamento, demonstraram a presença das toxinas botulínicas tipo C e D, confirmando a suspeita inicial do setor de patologia veterinária da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. A presença das toxinas e a investigação feita na propriedade “permite a conclusão do caso com o diagnóstico de botulismo”, diz a nota.
A notícia da morte dos bois foi dada nesta terça-feira ( 8) , pelo Iagro. A morte do gadoocorreu na fazenda Mônica Cristina, entre 2 e 5 de agosto. Em nota, os produtores disseram que foram tomadas todas as providências cabíveis, como a convocação de professores da Universidade do Mato Grosso do Sul para que examinar o rebanho e a agência foi notificada. Os procedimentos recomendados para os animais mortos também foram cumpridos.
O botulismo é uma toxinfecção, ou seja, o animal adquire a doença por meio da ingestão de toxinas produzidas por uma bactéria. A toxina atua na musculatura, impedindo a contração muscular, causando paralisia e levando a morte. Os sintomas aparecem de um a 17 dias após a ingestão do alimento contaminado.
Apesar desse tipo de doença não ser rara entre bovinos confinados, o número chamou atenção nacionalmente. O ministério chegou a enviar equipe de técnicos ao local.
Na nota divulgada hoje, os órgãos estadual e federal explicam que o Clostridium botulinum, bactéria produtora da toxina, está normalmente presente no ambiente e depende de condições favoráveis para o seu desenvolvimento, tais como matéria orgânica, alta umidade e anaerobiose, “o que pode ser evitado com boas práticas e cuidados na formulação, conservação e armazenamento dos alimentos a serem fornecidos aos animais”.
A nota acrescenta que “todos os elos envolvidos na cadeia produtiva têm o dever de notificar imediatamente toda e qualquer suspeita de doenças em animais de produção, para que sejam investigadas, minimizando possíveis prejuízos à pecuária”.
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