As regras eleitorais mudaram. A campanha encurtou. E 2018 já chegou. O pleito de 2016 é um laboratório para a próxima eleição. O aumento da presença do eleitor nas redes sociais tornou este meio fundamental para se conseguir o voto.
As restrições impostas pela legislação eleitoral ao uso dessa mídia obrigam os candidatos a prestarem atenção no próprio comportamento virtual. O que pode, o que é “legal” e o que é proibido.
A Lei 13.165/15, a Minirreforma Eleitoral, permitiu e regulamentou o uso da internet, por meio de sites de campanha, redes sociais, aplicativos e mensagens. Mas desde que não divulguem boatos, calúnias nem façam uso de robôs para enviar mensagem automaticamente.
A norma também proibiu pagar pela divulgação de mensagens.
A resolução 23.457/15, do Tribunal Superior Eleitoral, detalhou que, mesmo gratuita, é proibida a propaganda em site de empresas e organizações não governamentais ou em páginas oficiais da administração pública.
O aumento da participação social com as redes sociais força os candidatos a se prepararem melhor.
Ao mesmo tempo em que acontece a discussão política, o eleitor está participando. A sociedade muitas vezes se antecipa àquele debate pressionando os políticos. Essa participação força os candidatos a propor soluções e não promessas vazias.
As redes sociais podem servir para construir ou descontruir imagens. Um bom exemplo disso foram as duas últimas eleições presidenciais. Foram montados grupos para denegrir a imagem de adversários.
Muitos candidatos ainda se preocupam mais em desconstruir a imagem de um oponente, em vez de trabalhar conteúdos propositivos.
Por outro lado, o resultado pode ser positivo caso o candidato consiga colocar questões de apelo social e vincular a discussão com a sua imagem. Assim, se consegue construir uma liderança digital poderosa.
No futuro bem próximo as redes sociais devem substituir a televisão e rádio como meios preferenciais para a campanha. As pesquisas de opinião mostram que a audiência do horário gratuito no rádio e na televisão é muito baixa. O sujeito desliga e depois volta para ver o telejornal. A internet ele entra voluntariamente em busca de informações e debate os problemas da sua cidade, seu estado ou país.
Impossível imaginar campanha eleitoral nos tempos atuais sem ações efetivas no campo digital. Planejar e implementar ações nas redes sociais para as eleições em 2018 já começou – porque é feito com antecedência, já que seu objetivo principal não é o voto em si, mas a criação de pontos de contato e afinidade com o eleitorado.
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