Visitando a Embrapa Uva e Vinho, no dia 26 de abril, 40 participantes do 8º Fórum Mundial das Cooperativas Vitivinícolas realizado em Bento Gonçalves (RS), realizado entre 23 a 26 de abril. A visita encerrou a programação do Fórum que abordou três grandes temas: gestão administrativa das cooperativas, a questão técnica e a sucessão rural. O evento foi Organizado pela Federação das Cooperativas Vinícolas do Rio Grande do Sul (Fecovinho), reunindo entidades da Espanha, França, Itália, Argentina, Chile e Uruguai, representando 25 mil associados produtores de uva.
Na visita, os participantes puderam conhecer um pouco das atividades executadas na Embrapa Uva e Vinho. Marcos Botton, Chefe de Transferência de Tecnologia apresentou a Unidade e suas principais linhas de pesquisa. Na sequência o Chefe Geral, pesquisador José Fernando da Silva Protas apresentou as regiões produtoras de uvas e vinho no Brasil, os territórios vitícolas do Rio Grande do Sul além de esclarecer questões sobre a produção vitivinícola brasileira e suas especificidades regionais.
Para Francisco Hernandez Juarez, da Cooperativa Capel, constituída de mais de mil agricultores das regiões do Atacama e Coquimbo no Chile, o principal desafio é manter o jovem no campo e entender quais são as verdadeiras causas da migração para cidade. Dentre outros fatores estão a rentabilidade, continuidade de gerações e falta de identidade. Segundo ele, estão sendo formadas organizações de jovens em todas as cooperativas. Mario Gonzalez, da Cooperativa La Riojana, que produz vinhos, espumantes e azeites na Argentina, já conhecia a Embrapa pelo acordo que foi firmado com o Inta (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária). Para Gonzalez cada região tem suas particularidades: “a “Argentina e o Brasil têm viticulturas diferentes, em função do clima, do solo, fazendo com que o manejo das doenças e da irrigação, por exemplo, sejam específicos em cada área. Entretanto há o objetivo comum de trabalhar com uma agricultura sustentável”.
O gestor Protas considerou muito positiva a visita dos representantes das cooperativas, nesse que foi um momento de intercâmbio de experiências e conhecimentos entre países e instituições. Na Embrapa, foi possível apresentar os avanços da pesquisa voltada à produção de uvas e derivados. “Temos a certeza que nosso trabalho é uma referência e sem dúvida um belo cartão de visita do que realmente é a nova vitivinicultura brasileira”.
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