Procon detecta variações abusivas no preço dos genéricos

Desde o dia 31 de março deste ano, foi autorizado um reajuste no preço dos remédios que são controlados no mercado varejista brasileiro na faixa que vai de 1,36% a 4,76%. Eles correspondem a 19 mil exemplares fabricados no Brasil. Esse é o reajuste máximo permitido aos fabricantes segundo a resolução emitida pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed).

Para acompanhar o impacto no bolso do consumidor, o Procon Goiás visitou 22 drogarias de pequeno e médio portes, em diferentes regiões de Goiânia, para verificar os preços praticados em 68 modalidades de medicações, sendo 34 de referência e 34 genéricos. Foram considerados os preços praticados para o cliente comum, não levando em consideração cadastros na rede, nem as condições especiais oferecidas a aposentados, empresas ou clientes conveniados de planos de saúde. Acompanhe a seguir as maiores variações encontradas pelo órgão.

Variação de preços

Os medicamentos genéricos sempre registram grande diferença de preços, pois há uma maior concorrência entre os diversos laboratórios. A maior variação entre o menor e maior preço entre os medicamentos genéricos pesquisados foi de 972,26% encontrada no Cloridrato de Ranitidina – 150 mg – 20 comprimidos. O menor preço encontrado foi de R$ 4,29 e o maior a R$ 46.

tabela medicamentos1

Variação de preço dos medicamentos de referência chega a 103,98%

A maior variação entre os medicamentos de referência e foi verificada no Citalor (Atorvastatina Cálcica) – 10 mg – 30 comprimidos, onde o menor preço encontrado foi de R$ 60,30 e o maior a R$ 123.

Medicamentos genéricos são, em média, 56,30% mais baratos

É importante que o consumidor saiba que pode ser mais interessante comprar um medicamento genérico por ser mais barato, desde que seja seguida a prescrição médica. Os medicamentos genéricos, inclusive produzidos pelo mesmo laboratório, podem apresentar preços diferentes de um estabelecimento para outro, inclusive da mesma rede de drogarias.

Na comparação entre os preços médios dos dois tipos de medicamentos, foi constatado que os genéricos são 56,30% mais baratos.

Preços abaixo da média em cada estabelecimento visitado

Ainda que o consumidor não compre o medicamento em uma das drogarias visitadas pelo Procon Goiás, independentemente de se tratar de um remédio de referência ou genérico, vale a pena identificar o preço médio praticado do produto que se pretende adquirir. Desta forma, poderá avaliar se o estabelecimento está cobrando mais caro, com base no preço médio.

Entre os estabelecimentos visitados, proporcional ao número de medicamentos encontrados durante a coleta de preços, a maior quantidade de remédios com preços abaixo da média foi verificada na drogaria Vitta, com 92,31% dos produtos expostos à venda com preços abaixo da média.

Orientações gerais

Antes de uma criteriosa pesquisa de preços, é interessante que o consumidor consulte a lista de Preços Máximos ao Consumidor (PMC) dos medicamentos, disponível no site da Anvisa. A consulta também pode ser efetuada nas listas de preços que devem estar disponíveis ao consumidor nas unidades do comércio varejista, ou seja, nas drogarias, conforme determina a Resolução da Cmed.

Mesmo drogarias da mesma rede não há, necessariamente, uma política de preços única entre elas. Portanto, faça pesquisa de preços mesmo em drogarias de mesma rede.

Na comparação entre preços de medicamentos de referência e genéricos, percebe-se que a diferença é muito grande. No caso dos genéricos, como são produzidos por diversos laboratórios, os medicamentos em geral são mais baratos, pois tem maior competitividade. Contudo, é bom frisar que um medicamento genérico fabricado pelo mesmo laboratório, também pode apresentar preços diferentes entre as drogarias. Por isso a pesquisa de preços é essencial, sempre aliada à recomendação e prescrição médica.

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