5 formas de morar ou investir nos Estados Unidos

Segundo país mais visitado do mundo, de acordo com a Organização Mundial de Turismo (OMT), os Estados Unidos recebem cerca de 70 milhões de turistas anualmente, em busca de entretenimento, conhecimento, diversão e cultura em cidades como Nova York, Los Angeles, Orlando e a ensolarada Miami. Mas como se mudar para lá e viver o sonho americano? Como diversificar negócios e ganhar em dólar? É vantajoso investir nos Estados Unidos?

 

Daniel Toledo, sócio-diretor da Loyalty Miami e advogado especialista em Direito Migratório explica abaixo 5 formas de tornar o sonho americano real, investindo nos Estados Unidos e se mudando para lá.

 

1-      Investir em um imóvel

De acordo com a Loyalty Miami, consultoria de investimentos que cuida da implantação, gestão e administração de negócios nos Estados Unidos a valorização anual de um imóvel nos EUA é de 30 a 50% nos primeiros anos. “Quando falamos em um imóvel para locação aqui nos EUA, em alguns lugares é possível ter até 1% de retorno”, aponta Daniel Toledo, sócio-diretor da Loyalty Miami. No entanto, ele explica que ser proprietário de um imóvel não dá direito de visto nos EUA, é possível ter um imóvel como um investimento ou vacation home.

 

Para adquirir um imóvel nos Estados Unidos é necessário encontrar um corretor que buscará as melhores opções, de acordo com o perfil procurado. E, por lá, todos os imóveis ficam cadastrados em um sistema único. O corretor mostrará ao interessado uma lista com os imóveis que se adaptam à solicitação do cliente: quantidade de quartos, localização, valor, estado de conservação, ano de construção, vizinhança. Muitas pessoas buscam imóveis para investir, então é importante considerar locais que têm alta rotatividade, cidades que têm muitas visitas, seja de long term tour, ou de turistas do norte do país ou do Canadá, que alugam imóveis no sul da Flórida, de novembro a fevereiro, anualmente, para fugir das nevascas e das baixíssimas temperaturas em suas cidades nessa época do ano.

 

Sobre valores, Daniel Toledo explica que para estrangeiros que não têm o Social Security (documento oficial de identificação nos EUA), pensando em um imóvel de 200 mil dólares, geralmente as instituições financeiras pedirão, de 30 a 40% do valor do imóvel como entrada e farão um financiamento de 30 anos com juros, em média, de 5 a 7,5% e em alguns casos 4%. Isso varia de acordo com o crédito aprovado e com os rendimentos dos compradores em seus países de origem. Além desse down payment é necessário arcar com custos de transferência, registro e outras taxas e isso varia muito de acordo com a região. Com corretor o custo gira entre 3 e 6% do valor do imóvel.

 

Daniel Toledo dá ainda uma dica para os interessados nessa opção de investimento: comprar um imóvel por meio de uma empresa. A abertura de uma empresa americana custa em torno de mil dólares e leva de 10 a 15 dias. “Essa é a melhor opção, pois protege o patrimônio em caso de falecimento, por exemplo. Inventários nos EUA podem custar até 50% do valor do bem”, aponta.

 

2-      Transferência de executivo, sócio ou administrador (visto L-1)

O visto L-1 (categoria não-imigrante) permite que uma empresa estrangeira transfira um executivo para seu escritório nos EUA. É importante que o executivo seja um gestor na companhia e tenha função administrativa, com uma equipe abaixo dele, com funcionários como secretária, supervisor, equipe de vendas, etc.

 

É necessário demonstrar capacidade de gestão e administração do negócio. Um número razoável para empresas pleitearem, segundo Daniel Toledo, é em torno de 150 mil dólares de faturamento. É preciso demonstrar esse faturamento por meio de documentações da empresa e, após a qualificação da companhia estrangeira, é preciso fazer a transferência do sócio ou executivo para a empresa dos EUA, que será uma coligada ou subsidiária. Daniel Toledo reforça que as empresas não precisam ser do mesmo segmento, uma pode ser uma indústria e a outra uma floricultura.

 

O valor mínimo de capital de investimento seria de 80 a 100 mil dólares e deve ser um capital disponível em conta corrente para comprar equipamento, maquinário, contratação de pessoas, capital de giro, etc. “O negócio sustenta o visto, portanto é importante ter um business plan bem estruturado”, conta Daniel. Se o visto for aprovado, ele tem validade de um ano. Após esse período é necessário fazer a prestação de contas. Caso tudo seja cumprido, o visto é renovado por mais dois anos. Vale lembrar que a empresa estrangeira é fundamental para manter esse visto.

 

3-      Como obter um Green Card (visto EB-5)

O EB-5 é um programa no qual se pode investir a partir de 500 mil dólares diretamente em um negócio próprio, ou em um Regional Center para gerar emprego para, pelo menos, 10 americanos. Então, depois de cerca de 18 meses do início do negócio, obtém-se um Green Card temporário.

 

As grandes vantagens do programa são o Green Card direto e o seu baixo risco de reprovação pela USCIS (United States Citizenship and Immigration Services). O EB-5 confere um status permanente nos EUA para o investidor, seu cônjuge e filhos de até 21 anos, pois garante a possibilidade de trabalhar e os mesmos direitos de cidadãos americanos com relação à educação e bolsas em faculdades, por exemplo.

 

A Loyalty Miami tem um projeto exclusivo para esse tipo de investimento: a construção de Sports Centers, que são complexos esportivos para a prática de esportes, com quadras que podem ser locadas simultaneamente. “Os americanos têm a prática de esportes muito presente em sua cultura e isso começa já na escola. Uma das razões é que uma boa faculdade pode custar em média 150 mil dólares por ano e atletas de alta performance, que representem as instituições de ensino, recebem bolsa e moradia. De olho nessa demanda estudamos o mercado e estamos desenvolvendo dois complexos na região de Miami”, conta Daniel Toledo. Ele explica que o investimento é alto, em torno de 1,3 milhão de dólares, mas os ganhos também são, já que a estimativa é lucrar mais de 2 milhões de dólares em um ano.

 

4-      Vistos de investimento para cidadãos de países com tratado de comércio (visto E-2)

O programa E-2 (categoria não-imigrante) permite que um cidadão de um país com tratado de comércio ou de navegação com os Estados Unidos aplique para um visto americano mediante investimento nos EUA. O Brasil não é signatário desse tratado, mas cidadãos brasileiros que tenham cidadania em países signatários, como Alemanha, Espanha, França, Itália, entre outros, podem aplicar para o visto.

 

Daniel Toledo, advogado da Loyalty Miami estima que o investimento ideal seja algo em torno de pelo menos 120 mil dólares, em um negócio de risco. É necessário ainda que o negócio esteja em andamento ou em vias de, ou seja, ter as coisas estruturadas, com funcionários, ponto de venda ou escritório, capital de giro, compra de equipamento, estoque, etc. Pode ser para franquias, desde que novas ou startups, porque o investimento requer que haja algum risco para a concessão do visto temporário.

 

O visto E2 é temporário, normalmente de dois anos, renovável e pode ser prorrogado por tempo indeterminado, tornando-se um visto permanente. O cônjuge do investidor recebe automaticamente uma autorização de trabalho sem restrições e as crianças menores de 21 anos estão incluídas.

 

5-      Visto de trabalho para estrangeiros qualificados

Este ano os Estados Unidos ampliaram em 15 mil os vistos H2-B, voltados a empregados temporários, em razão da falta de trabalhadores para essas posições que exigem baixa qualificação. O H2-B é um visto temporário que permite que empresas americanas contratem estrangeiros especializados, mas com baixa qualificação, para suprir uma necessidade momentânea e tem duração máxima de um ano. As organizações interessadas devem solicitar autorização da imigração dos EUA e comprovar que, sem os imigrantes, seus negócios correm riscos por não existirem americanos aptos ou interessados em atuar em determinadas posições.

 

Segundo Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Migratório da Loyalty Miami, que realiza esse tipo de solicitação de visto, as vagas são para setores onde não há quantidade suficiente de candidatos capacitados ou interessados em atuar nas áreas nos EUA, além disso esses trabalhadores devem receber salários equivalentes aos de um cidadão americano. “Há algumas regras no visto H2-B, como por exemplo, de que o trabalho não pode ser voltado para a agricultura. É uma necessidade que a mão de obra seja temporária, ou seja, ser o visto for permanente, ele não é concedido”, explica.

 

Existe ainda o visto H1-B, que exige mais qualificação do profissional. A área de tecnologia é a que mais contrata, seguida pelos setores de construção civil e serviços. Um advogado brasileiro por exemplo poderia ser contratado para trabalhar como tradutor de documentos jurídicos para português e aplicar para o visto H2-B. Se o profissional tiver especialização em Direito Internacional e experiências anteriores na função, ele se qualifica como H1-B. Este ano os EUA devem conceder 81 mil solicitações deste tipo de visto.

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