“Os países da região, em geral, têm um baixo nível de poupança formal e uma penetração muito pequena no que se refere a soluções envolvendo celulares. Além disso, apesar de os países da região possuírem características em comum, ainda há grande variação nos níveis de inclusão financeira entre eles”, disse.
Goldfajn acrescentou que a inclusão financeira não se resume somente a propiciar acesso a serviços financeiros. “Embora esse já seja um grande desafio, é preciso também que esses serviços sejam adequados às necessidades da população incluída e que seu uso seja feito de forma consciente e responsável”, acrescentou.
250 milhões de pessoas sem acesso a bancos
O diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania do Banco Central, Isaac Sidney, destacou que, apesar de alguns “avanços recentes”, ainda há na América Latina e Caribe cerca de 250 milhões de pessoas sem acesso a serviços bancários. “Em média, a posse de conta bancária na América Latina e no Caribe gira em torno de 45%, e o nível médio de poupança formal é ainda mais baixo, 17%”, disse o diretor.
“Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), entre os 15 países mais desiguais do mundo, 10 pertencem à nossa região. Assim, ao estimular políticas de inclusão financeira, a Filac tem o potencial de ser uma instância indutora de crescimento econômico na região, promovendo o acesso da população cada vez maior a serviços financeiros, facilitando a poupança formal e o uso do crédito”. finalizou.
Seja o primeiro a comentar on "BC: 250 milhões de pessoas não têm acesso a bancos na América Latina e Caribe"