Direitos essenciais para que crianças e adolescentes possam sobreviver e se desenvolver, aprender, proteger-se e ser protegido de doenças como o HIV/Aids, crescer sem violência, praticar esportes, brincar e divertir-se, foram algumas das ações desenvolvidas pelas cidades que receberam o Selo Unicef Município Aprovado – edição 2013 – 2016.
Bujari, Cruzeiro do Sul, Jordão, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Rio Branco, Rodrigues Alves, Sena Madureira e Tarauacá tiveram suas ações reconhecidas e premiadas.
A vice-governadora Nazareth Araújo que é uma entusiasta e incentivadora de ações como essas, destacou que a iniciativa do Unicef é louvável. “São ações como essas que promovem melhorias da qualidade de vida de crianças, adolescentes e suas famílias”, frisou.
Lições a favor da vida
Em tempos de crise, gestores fizeram uso da criatividade na execução de suas ações. Para o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, os municípios fizeram a lição de casa e reservaram um papel de destaque para de fato tornar crianças e adolescentes em prioridade local, “o que se constitui em conquista significativa para o pleno exercício da cidadania, no presente e no futuro, com dignidade e sustentabilidade”, disse.
Considerados de difícil acesso, as cidades de Jordão e Marechal Thaumaturgo – que noutras épocas eram conhecidas pela ausência de saneamento básico e baixos Índices de Desenvolvimento Humano (IDHM) – agora, com a presença de obras do governo do Estado em infraestrutura e redes de água e esgoto, também se destacaram pelas boas práticas voltadas a educação, saúde, esporte e lazer.
O fato de muitas mães deixarem de trabalhar e estudar por não ter com quem deixar seus filhos, chamou a atenção dos gestores de Jordão. Uma ação simples foi implementada: o funcionamento de uma creche nos turnos manhã, tarde e noite, nas zonas urbana e rural.
“Isso fez com que muitas famílias mudassem suas condições de vida. Hoje atendemos cerca de 300 famílias. Esta é uma iniciativa que vem ”, explicou a secretária de Assistência Social do Jordão, Maria Aparecida Santos Cunha.
Todos pela Primeira Infância
Com o tema “Todos juntos pela Primeira Infância”, Marechal Thaumaturgo realizou este ano sua segunda “Semana do Bebê”. Pela importância do trabalho, a Câmara de Vereadores aprovou uma Lei Municipal Nº 18/2015 que torna a Semana obrigatória.
“O resultado é uma sociedade unida e engajada a favor da promoção e garantia dos direitos das crianças e adolescentes”, explicou o secretário municipal de assistência social, Maricelson Firmino.
A coordenadora do escritório do Unicef para o Acre, Maranhão e Rondônia, Eliana Almeida, explica que o Unicef espera, independente do lugar onde viva, que crianças e adolescentes tenham seus direitos plenamente assegurados. “Isso é alcançado com a eficácia das políticas públicas e nisso o Acre tem se destacado”, comentou.
Educação também é destaque
A outra boa notícia veio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a instituição, o Acre é um dos estados brasileiros que obteve mais uma vez destaque em um dos pilares da sociedade: a educação. A informação é do radar do Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) e serve para orientar gestores públicos a trabalhar no combate à pobreza e à desigualdade e no fortalecimento do desenvolvimento humano inclusivo e sustentável.
“Para lograr esses objetivos, se adota a abordagem do desenvolvimento humano, que tem como ideia central o enfoque nas pessoas e na melhoria do bem-estar delas, incluindo dimensões básicas à vida humana, como saúde, educação e renda”, explicou o secretário de Educação, Marco Brandão.
Cidadania e dignidade de vida
A iniciativa conta atualmente com cerca de sete mil alfabetizandos em quatro cidades do Acre. A meta do governo é alfabetizar 15 mil pessoas no Estado, até fevereiro de 2017.
Só quem está tendo a oportunidade de aprender a ler na idade adulta pode dimensionar o quanto o programa está fazendo a diferença em sua vida e de sua família.
Uma das beneficiadas com o programa é Jovenice Viana de 45 anos. O incentivo da filha de dez anos e a oferta do Quero Ler pelo governo do Estado mudou sua história.
“Me considero uma pessoa feliz. Hoje posso, junto com minha filha, ler um livro, o que alguns meses atrás, era para mim impossível, já não tinha mais esperança de aprender a ler. O conhecimento não tem preço. Vou leva-lo comigo para eu for pelo resto da minha vida”, desabafou.
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