Caesa e Tjap realizam segundo mutirão para a negociação de dívidas de consumidores

Ação é uma estratégia para combater a alta inadimplência da companhia. Débitos chegam a R$ 1,5 milhão de pessoas físicas e jurídicas.

 

A Companhia de Água e Esgoto do Amapá (Caesa) iniciou nesta terça-feira, 6, o 2° Mutirão de Negociação de Débitos, em parceria com o Tribunal do Justiça do Amapá (Tjap). A ação, que se estende até esta quarta-feira, 7, é um esforço conjunto no combate à inadimplência, do qual os usuários poderão regularizar dívidas a partir dos métodos de conciliação e negociação.

Para estes dois dias, foram agendadas 138 audiências na Central de Tratamentos de Conflitos da Justiça, na zona norte de Macapá. Grande parte dos débitos ultrapassa R$ 10 mil e a soma geral totaliza R$ 1,5 milhão. De acordo com a diretora comercial e de negócios da Caesa, Magaly Xavier, entre estes devedores estão pessoas físicas e jurídicas de Macapá e Santana, municípios com maior número de usuários.

“É um momento que estamos convidando estes devedores a negociar conosco, sem precisar da judicialização. Nossos servidores e a equipe do Tjap, através do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais e Solução de Conflitos (Nupemec), foram preparados para atendê-los e oferecer um acordo satisfatório para ambas as partes”, frisou Magaly Xavier.

A gestora também reforçou que a Caesa continua negociando débitos em seus pontos de atendimento, no Escritório Central, na Avenida Ernestino Borges, nº 222, em Macapá, e nos guichês da rede Super Fácil. Entre as facilidades, está o parcelamento em até 50 vezes.

O chefe da Central de Solução de Conflitos, Pedro Paulo Conceição, destacou o trabalho do Tjap em dar apoio às instituições na busca da solução de problemas e de medidas restaurativas.

“Assim como a Caesa, estamos dando apoio técnico à Companhia de Eletricidade do Amapá a resolver um problema delicado que é inadimplência. A conciliação e a mediação são essenciais nos casos dos mutirões, pois resolvem de forma eficiente os conflitos, sem a burocracia do trâmite processual”, declarou Pedro Paulo.

Inadimplência

Segundo levantamento da diretoria comercial da Caesa, a companhia deixa de receber R$ 2 milhões, mensalmente, apenas relacionados ao pagamento de consumo de água. Magaly explica que a inadimplência afeta a atuação na melhoria dos serviços prestados ao cidadão.

“A perda anual está na média de R$ 24 milhões. Nosso usuário que paga a conta, em dia, é prejudicado por problemas diários, como a falta d’água e vazamentos que, muitas vezes, não conseguimos resolver em tempo hábil. Isto por causa da nossa limitação, tanto em maquinário, quanto em equipe operacional, fiscalização e corte”, alertou a diretora comercial da Caesa.

A gestora lembra aos usuários das sanções que estão sendo tomadas, nos casos em que não houver o comparecimento do consumidor inadimplente, aos pontos de atendimento e nos mutirões de negociação. Entre as sanções, está a inclusão nos sistemas do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa e, por fim, a judicialização.

Parceria

Por outro lado, a companhia conta com o apoio do Governo do Amapá e governo federal na realização de importantes obras para a melhoria do serviço, como a ampliação da Estação de Tratamento de Água Metropolitana da capital e do Centro de Reservação da Zona Norte, programadas para serem inauguradas ainda neste primeiro trimestre.

Além desta obra, existem projetos voltados para a ampliação da rede de abastecimento de água na zona oeste de Macapá e estudos de concepção da rede de esgoto na capital e no município de Santana.

No interior, a Caesa têm feito parcerias por meio de cooperações técnicas com as prefeituras para a melhoria dos serviços nos municípios. Entre as ações, está a elaboração de projetos de ampliação dos sistemas de abastecimentos e ampliação da rede de água, via administração direta da companhia.

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