Caesb vai apresentar o Projeto Atlas no 8º Fórum Mundial da Água

Barragem do Descoberto, Brasília, DF, Brasil 21/2/2018 Foto: Dênio Simões/Agência Brasília. A Barragem do Descoberto em 21 de fevereiro, com nível em 54,2%.

Ferramenta será exemplo de como a tecnologia pode subsidiar ações de monitoramento e preservar recursos hídricos. A APA do Rio Descoberto é o foco da parte do sistema que trata de ocorrências ambientais

 

A Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) apresentará o Projeto Atlas no 8º Fórum Mundial da Água para mostrar como a tecnologia pode ser usada para subsidiar ações de monitoramento e preservar recursos hídricos.

O objetivo é que, com melhor visualização das informações, os agentes tenham mais recursos para tomar decisões. Os dados são de oito áreas: obra, operação, projeto, comercial, planejamento, licenciamento ambiental, manutenção e gerenciamento de recursos hídricos.O plano, iniciado em 2013, integra dados do órgão em um sistema único. Com a ferramenta, essas informações são transformadas em ferramentas de inteligência espacial, como mapas e imagens.

Nessa última, foi desenvolvido o sistema de monitoramento de ocorrências ambientais — plataforma colaborativa criada pela companhia para tornar mais ágil a atuação de diversos órgãos.

Plataforma colaborativa integra órgãos do DF para proteger mananciais

A Caesb é responsável por vistoriar áreas de proteção de mananciais, por exemplo, e notificar os órgãos competentes em casos como de parcelamento irregular do solo.

“Antes, era preciso aguardar que o ofício, em papel, chegasse aos diversos órgãos. Os documentos iam e vinham, era muito burocrático”, conta o gerente de Geoprocessamento da estatal, Carlos Eduardo Machado. Isso também dificultava o monitoramento dos prazos.

Com a plataforma, o agente vai a campo coletar dados com um dispositivo portátil com GPS de alta precisão. Após identificada a ocorrência e registrada no sistema, os órgãos cadastrados podem atuar imediatamente.

Estão cadastrados:

  • Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa)
  • Agência de Fiscalização do DF (Agefis)
  • Instituto Brasília Ambiental (Ibram)
  • Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)
  • Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb)
  • Companhia Energética de Brasília (CEB)
  • Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do DF (Emater)
  • Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
  • Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
  • Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
  • Secretaria de Patrimônio da União
  • Agência de Desenvolvimento do DF (Terracap)

“O principal é estreitar a comunicação. Os órgãos também têm acesso ao Atlas e atualizam informações. Assim, cada um sabe quando deve agir”, avalia Machado.

Poder marcar a localização no GPS é um dos ganhos do sistema. Com isso, evita-se perder tempo em busca do endereço. Um dos focos da plataforma colaborativa, implementada em 2017, é a Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Descoberto, que abarca o principal manancial de abastecimento do DF.

Projeto Atlas facilita trabalho dos funcionários

Em outros setores, o uso do sistema resulta em maior eficiência do trabalho. Na área de operação, um técnico precisava de uma média de 100 horas por mês para calcular as perdas mensais de água no DF.

O gerente de Geoprocessamento da estatal, Carlos Eduardo Machado.
O gerente de Geoprocessamento da Caesb, Carlos Eduardo Machado. 

Isso ocorria porque era preciso reunir – manualmente – os dados de quatro setores. Com o Projeto Atlas, que já integra os dados necessários, o cálculo passou a ser totalmente automatizado.

Além disso, o sistema oferece um histórico das perdas por região. “A gente começa a perceber onde focar para reduzir as perdas”, destaca o gerente.

Na mesma linha, a área de vistoria ambiental reduziu a conclusão de relatórios de três dias para algumas horas. O procedimento deixou de ser feito no papel — em que o funcionário tinha de repassar para o computador os dados ao retornar da vistoria — e agora é digital.

Sistema também dá informações aos cidadãos

Parte do sistema, que pode ser acessado pelos servidores tanto por navegadores de internet quanto por aplicativos para celulares e tablets, é restrita aos órgãos. A população também pode obter algumas das informações nos mapas publicados no site da Caesb e no aplicativo da companhia.

Entre os sistemas abertos para os cidadãos estão os mapas das estações pluviométricas e fluviométricas e das de tratamento de água e de esgoto, além do mapa do plano de rodízio de água para o racionamento.

O que é o Fórum Mundial da Água

Criado em 1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos políticos acerca dos recursos hídricos.

FÓRUM MUNDIAL
DA ÁGUA

Fórum Mundial da Água 2018

Em Brasília, ele é organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local — representado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento do DF (Adasa) — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Agência Nacional de Águas (ANA).

O encontro global ocorre a cada três anos e já passou por: Daegu, Coreia do Sul (2015); Marselha, França (2012); Istambul, Turquia (2009); Cidade do México, México (2006); Kyoto, Japão (2003); Haia, Holanda (2000); e Marrakesh, no Marrocos (1997).

Inscrições para o fórum estão abertas

Quem quiser acompanhar os debates no Centro de Convenções pode se inscrever por meio do site oficial do evento, na aba Inscrições.

Os ingressos dão direito à participação da abertura, do encerramento, das sessões do fórum, dos almoços e dos eventos culturais na exposição e na feira.

 

8º Fórum Mundial da Água

De 18 a 23 de março

No Centro de Convenções Ulysses Guimarães e no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha

Inscrições abertas no site oficial do evento

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