CLDF vai ouvir presidente da Caesb na quinta-feira sobre produto vencido na água

Na avaliação do deputado Cristiano Araújo (PSD) é inadmissível que uma empresa como a Caesb, cuja principal função é cuidar da saúde da população, tenha usado produto vencido para tratar a água consumida por milhares de pessoas

A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Legislativa vai ouvir, nesta quinta-feira (27), a partir das 9h30, o presidente da Caesb, Maurício Luduvice, e o diretor de Operações do órgão, Walter Lúcio dos Santos, sobre o aumento na conta de água provocada pela crise hídrica e o uso de hipoclorito de sódio vencido na água que abastece as cidades do Paranoá e do Itapoã.
A denúncia de que a Caesb teria utilizado hipoclorito de sódio na água consumida pelos moradores dessas duas regiões foi publicada no último dia 13, pelo portal de notícias Metrópoles.
Segundo o portal, a Caesb teria despejado hipoclorito de sódio vencido na água distribuída pela estação de tratamento do Paranoá. A reportagem também afirma que vídeos e fotos feitos pelo Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos do Distrito Federal (Sindágua-DF) mostram dezenas de tonéis sendo estocados para uso durante a greve dos servidores da Caesb, ocorrida entre os dias 16 de maio e 12 de agosto.
Na avaliação do deputado Cristiano Araújo (PSD), que preside a Comissão, é inadmissível que uma empresa como a Caesb, cuja principal função é cuidar da saúde da população, tenha usado produto vencido para tratar a água consumida por milhares de pessoas. “É uma grande irresponsabilidade. É algo estarrecedor. Por isso estamos acompanhando isso de perto para termos certeza de que a empresa não colocou em risco a saúde de milhares de famílias”, afirmou Araújo.
O parlamentar não se convenceu com as explicações dadas pela empresa, de que a saúde dos moradores não correu risco. Até porque, ao serem questionados pela reportagem do Metrópoles sobre os possíveis riscos à população, engenheiros e químicos ficaram horrorizados com o caso. “Além do mais, precisamos ouvir dos dirigentes da Caesb que providências eles estão tomando para que fatos como esse não aconteçam mais em plena capital da República”, enfatiza Cristiano.
Taxa extra – O deputado também estuda medidas para proteger a população da decisão do GDF de impor uma sobretaxa, mascarada de “taxa de contingência”, que pode chegar a 20% na fatura de quem consome acima de 10 mil litros de água por mês.
Cristiano argumenta que punir os consumidores com taxa extra não vai resolver o problema da crise hídrica e nem garante a redução do consumo de água. “Problemas graves como esse se resolve com planejamento, competência administrativa, estratégias adequadas, estudos profundos, plano de prevenção e de ações que envolva campanhas educativas permanentes, de conscientização da população, mobilização e a participação de todos”, acredita.

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