“Crise política se resolve na política”, defende Caiado

O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), voltou a defender que o Congresso busque uma saída definitiva para a grave crise política que vive o Brasil e que não faça “remendos” por meio de um colégio eleitoral.
Em palestra para o curso de Política, Estratégia e Alta Administração de oficiais do Exército, nesta quinta-feira (25/05), o senador afirmou que uma eleição indireta não solucionaria o problema da legitimidade do chefe de Executivo.
“Minha preocupação é que uma atitude transitória pode deteriorar a capacidade política. Por isso, defendo irmos às urnas. Quem recua das urnas está se afastando do eleitor. Devemos buscar uma saída definitiva para essa crise que só vai ser resolvida com uma emenda constitucional pela eleição direta”, explicou.
Para Caiado, o país não pode temer o peso de nomes como o de Lula, nem mesmo alimentar o que chamou de “fantasmas” da política. Ele trouxe exemplos de outros países da América Latina, onde o culto a personalidades políticas levou a sérias consequências para as democracias locais.
“Não podemos viver reféns dessa cultura comum na América Latina dos velhos mitos e fantasmas da política. Perón, Chavez, Lula. Quando se criam esses mitos se perde a racionalidade do debate. E aí vemos políticas que causam deterioração das instituições, da democracia e a proliferação da desordem. Não podemos nos omitir quanto a isso negando o processo eleitoral”, defendeu.
Caiado também tratou sobre o caos e a desordem que parte da militância de esquerda tentou impor ontem em Brasília. Para o democrata, há uma clara tentativa de criar um clima de insegurança no país. “Se nos omitimos, pessoas que incitam a desobediência civil aparecem. Foi o que aconteceu ontem em Brasília. Essa é a tese do Foro de São Paulo. Eu não vou aceitar isso”, afirmou.

Representação

Ronaldo Caiado também afirmou estar preocupado com a crise de representação que tem estimulado a presença dos chamados “outsiders” na política. “Algo que me preocupa é essa moda de negar ser político. Eu tenho orgulho de ser político e ando de cabeça erguida por todo o Brasil. “, disse.

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