DGAP promove evento em presídios femininos em homenagem ao Dia Internacional da Mulher

Em solenidade prestigiada por autoridades dos diversos poderes, foi dado início, na última segunda-feira, dia 5, às atividades da Semana da Mulher Privada de Liberdade, um evento com extensa programação realizado na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser e na Ala Feminina da Casa de Prisão Provisória, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, e também na Ala Feminina da Penitenciária de Luziânia.

A iniciativa da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), por meio da Gerência da Central de Alternativa à Prisão (CAP), foi idealizado com o objetivo de oferecer para as mulheres apenadas atividades como cursos profissionalizantes, palestras e atendimento de saúde. As ações são em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, celebrado no dia 08 de março.

Para o diretor-geral adjunto da DGAP, tenente-coronel Agnaldo Augusto da Cruz, o evento vai ao encontro das novas diretrizes da administração penitenciária, que é dar novas oportunidades aos reeducandos por meio de cursos e empregos. “Elas (as presas) têm vários benefícios, entre eles a qualificação profissional e, principalmente, a inserção nas discussões que são travadas em relação a mulher em toda a sociedade”, pontuou.

O diretor também ressaltou a importância das parcerias para a melhoria do sistema. “Que todos nós tenhamos nesta semana uma oportunidade de reflexão, e que tudo o que construímos seja edificado de forma firme para não haver descontinuidade”, acrescentou ao agradecer aos parceiros pela colaboração.

Augusto ainda acrescentou que o apoio dos parceiros tem sido fundamental para a melhoria do sistema. “Se todos nós contribuirmos, a melhoria será para toda a sociedade. Os desafios do sistema são enormes, as soluções não são fáceis, mas elas precisam ser perseguidas o tempo todo”, enfatizou.
Para a coordenadora do Centro de Apoio dos Direitos Humanos do Ministério Público, promotora Patrícia Otoni, as ações apresentadas “visam a melhoria do sistema”. Ela acrescentou que trata-se também de uma ferramenta de reintegração social, além de oportunidade para esclarecer às mulheres sobre os seus direitos.

Uma das reeducandas presentes, condenada há 12 anos de prisão e beneficiada com o curso de biojoias, acredita que ter um emprego é a oportunidade de sair do presídio com uma opção de mudança de vida. “Ocupa a nossa mente e a nossa sentença acaba ficando mais razoável”, afirma.

Durante cinco dias, as presas terão palestras sobre o combate à violência doméstica e familiar,  saúde da mulher, direitos das mulheres e prevenção; além de cursos, atividades de interação e realização de exames. O 2º Desfile Miss Liberdade, na próxima sexta-feira, na Penitenciária Feminina Consuelo Nasser, encerra as atividades em comemoração à data.

Participaram também da solenidade a juíza da Vara de Execuções Penais, Telma Aparecida Alves, o promotor Marcelo Celestino, além de representantes das secretarias Estadual e Municipal de Saúde e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

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