Os adeptos de religião de matriz africana são as principais vítimas de intolerância, segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, referentes ao período de 2011 a 2014.
Na Paraíba, a presidente da Federação Independente dos Cultos Afro-Brasileiro, Mãe Renilda, afirma que recebeu mais de 50 relatos de intolerância, inclusive de terreiros fechados por ordem judicial, alegando desconhecer a religião em 2016. O Código Penal Brasileiro, em seu artigo 208, prevê a pena de um mês a um ano, ou multa para crimes contra o sentimento religioso. Isto é, “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa” ou ainda “impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso”.
Segundo a secretária da Mulher e da Diversidade Humana, Gilberta Soares, a Constituição Brasileira assegura a liberdade de crença e o livre exercício dos cultos religiosos. “Muitas vezes a legislação é ignorada e o preconceito aumenta. Além de ataques aos terreiros e violação de símbolos sagrados, a discriminação afeta a vida profissional das pessoas”, disse Gilberta.
Muitas vezes, os casos de intolerância religiosa estão ligados ao racismo. As religiões de matriz africana, embora tenham frequentadores de outras etnias, é associada de forma pejorativa à “coisa de negro”.
Eventos lembram a data – A Presidência da República oficializou, em 2007, o dia 21 de janeiro como Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. A data será lembrada em dois eventos neste sábado. O Café da Diversidade Religiosa- Celebrando os alimentos sagrados, será às 8 horas na sede da Federação Espírita Paraibana. A organização é do grupo Videlicet, do curso de Ciência das Religiões da Universidade Federal da Paraíba.
No centro da Cidade, no Largo da igreja de São Francisco, sairá a 4ª Caminhada Paraibana do Respeito pela Diversidade Religiosa e em Combate à Intolerância Religiosa, a partir das 9horas. O evento é promovido pelo Fórum Diversidade Religiosa da Paraíba.
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