Governo reforça monitoramento de casos de câncer em Brasília

Comissões criadas nas superintendências regionais e nos hospitais de referência ficarão responsáveis pelos três tipos de acompanhamento previstos pelo Ministério da Saúde. DF adota, ainda, notificação compulsória da doença

Secretaria de Saúde instituiu comissões nas sete superintendências regionais do Distrito Federal e nas três unidades de referência distrital no tratamento de câncer — Hospitais de Base, da Criança e Universitário de Brasília —, para monitorar casos da doença no Distrito Federal.

Com isso, o governo descentraliza o acompanhamento, hoje concentrado na Gerência de Assistência Oncológica, na administração central da secretaria. E, para ter maior controle dos números, a notificação de câncer no DF passa a ser compulsória, e não mais opcional.

“Visamos ter maior conhecimento do perfil da população diagnosticada com câncer, monitorar o tempo de tratamento e aumentar os repasses do Ministério da Saúde”Bruno Sarmento, gerente de Assistência Oncológica, da Secretaria de Saúde

As alterações estão descritas na Portaria nº 350, de 11 de julho de 2017, publicada no Diário Oficial do DFdesta terça-feira (18), e devem entrar em vigor até o fim deste ano.

“Com as mudanças, visamos ter maior conhecimento do perfil da população diagnosticada com câncer, monitorar o tempo de tratamento e aumentar os repasses do Ministério da Saúde [para o tratamento da doença no DF]”, detalha o gerente de Assistência Oncológica, da pasta de Saúde, Bruno Sarmento.

Como vai funcionar o monitoramento do câncer nas comissões

As Comissões Regionais de Sistema e Informação do Câncer na rede pública do Distrito Federal vão ficar responsáveis pelos três sistemas de monitoramento hoje usados pelo Ministério da Saúde:

  • Registro Hospitalar de Câncer, de coleta de dados de todos os pacientes atendidos em um hospital que tenham sido diagnosticados com câncer. Hoje só está em funcionamento no Hospital Universitário de Brasília e no Hospital Regional de Taguatinga.
  • Registro de Câncer de Base Populacional, com dados de novos pacientes diagnosticados com a doença em todo o DF. Esse tipo de registro é feito pela equipe da Gerência de Assistência Oncológica da Secretaria de Saúde.
  • Sistema de Informação de Câncer, que vai permitir monitorar ações relacionadas à detecção precoce, à confirmação diagnóstica e ao início do tratamento da doença. Ainda não implementada, a plataforma junta os Sistemas de Informação do Câncer do Colo de Útero e do Câncer de Mama.

Composição das comissões regionais de informação do câncer

As comissões serão multidisciplinares e formadas por servidores indicados pelas superintendências regionais e designados por meio de portaria. Os grupos terão caráter permanente, e a supervisão ficará a cargo de um profissional com especialidade médica.

Apesar de a portaria ter sido publicada hoje, as superintendências Centro-Norte (Asa Norte, Cruzeiro e Lago Norte) e Centro-Sul (Asa Sul, Candangolândia, Guará, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Park Way, Riacho Fundo I e Riacho Fundo II) já haviam formado equipes e começado a capacitar os profissionais.

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