HRT reúne mães de crianças prematuras e mostra casos de superação

HRT reúne mães de crianças prematuras e mostra casos de superação

Encontro celebra o Dia Mundial da Prematuridade – Fotos: Matheus Oliveira

O sentimento de esperança e a superação de desafios marcaram o encontro entre mães de filhos prematuros no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), nesta sexta-feira (17), durante a comemoração do Dia Mundial da Prematuridade. Cerca de 30 mães de crianças que nasceram antes da 37ª semana de gestação no HRT relataram aos pais que ainda tem bebês internados no hospital as suas experiências e toda emoção de verem seus filhos recuperados.

É o caso de Gidiana Santos de Oliveira, 25 anos, mãe dos trigêmeos Antônio, Kalleb e Miguel, que ficaram internados no HRT com problemas hemorrágicos por serem prematuros extremos (abaixo de 32 semanas). Os três nasceram com apenas 29 semanas e pouco mais de um quilo cada – um bebê com peso normal nasce com cerca de 2,5 quilos. Agora, todos já completaram dois anos de idade e estão saudáveis.

“Depois de tudo que passaram, posso dizer que meus filhos são verdadeiros milagres. Sou muito grata à equipe do HRT pela ajuda e acolhimento. É uma vitória poder ver meus filhos hoje e saber que estão bem. Tenham fé e vocês também sairão daqui com seus filhos”, disse Gidiana, emocionada, aos demais pais presentes no evento.

Gidiana Santos de Oliveira, à direita, e seus irmãos segurando os trigêmeos prematuros

Entre eles estava Ohana Dicielle Damasceno, 27 anos, mãe das gêmeas Clara e Helena, que nasceram com 32 semanas e estão internadas no hospital. Com pouco mais de um quilo cada ao nascer, as duas tiveram que ficar mais de 20 dias na incubadora. “Não é fácil. Já vamos fazer 40 dias no hospital. Mas ouvir essas mães que passaram pela mesma situação e hoje estão com seus filhos bem me dá esperança de seguir em frente”, comentou.

“Ouvir a história de quem passou pelo mesmo momento difícil que você e conseguiu superar motiva as pessoas que estão naquela condição. Esse encontro é uma forma de desenvolver esse sentimento, celebrar a vida e as grandes vitórias”, destacou a terapeuta ocupacional Mchilanny Bussinguer, uma das coordenadoras da equipe do HRT responsável pelo desenvolvimento neuropsicomotor do prematuro.

Ohana Dicielle Damasceno

MÉTODO CANGURU – Ainda dentro das comemorações do Dia Mundial da Prematuridade, o HRT fará uma oficina com os servidores sobre o método Canguru, na próxima terça-feira (21).

A técnica busca melhorar a qualidade da atenção prestada à gestante, ao recém-nascido e sua família, promovendo, a partir de uma abordagem humanizada e segura, o contato pele a pele (posição canguru) precoce entre a mãe/pai e o bebê, de forma gradual e progressiva, favorecendo vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento do bebê. Com isso, ajuda a evitar a morte dos prematuros.

Segundo a coordenadora do Método Canguru no HRT, Maria Aparecida Moreira, a metodologia, reconhecida mundialmente, traz benefícios a mãe e a criança. “Hoje, é composto por três etapas. Começa do pré-natal e vai para a UTI, onde a mãe é acolhida. Na segunda etapa o método é utilizado após o nascimento. A terceira etapa consiste no acompanhamento do bebê até ele atingir 2,5 quilos.”

DIA DA PREMATURIDADE – Em mais de 50 países, celebra-se o Dia Mundial da Prematuridade com o intuito de pensar em ações que possam diminuir a taxa de prematuridade.

No Distrito Federal, até outubro, nasceram 3.889 crianças prematuras nos hospitais da rede pública e privada. Em 2016, foram 5.022 nascimentos de gestações com menos de 37 semanas.

Os bebês de Zelma Soares, 31 anos, fazem parte dessas estatísticas. Depois de perder quatro deles, ela finalmente conseguiu ter uma filha. Contudo, ao nascer, a pequena Maria Fernanda tinha apenas 26 semanas, chegando a pesar 900 gramas, e ainda passou por um quadro de insuficiência respiratória e hemorrágica. “Ela passou por tantos problemas, mas agora está saudável e já completou três anos. Por isso, digo a todas as mães para terem fé”, ressaltou.

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