MAB apresenta Miguel Cordeiro na exposição ‘Primavera Burlesque’

O Museu de Arte da Bahia (MAB), no Corredor da Vitória, em Salvador, inaugura no próximo dia 20, às 19h, a exposição do artista visual Miguel Cordeiro de suas mais recentes criações. A mostra ‘Primavera Burlesque’ reúne 50 obras que, por meio de cores quentes, puras e vivas, celebram uma metáfora sobre o contínuo renascer artístico e a ironia do olhar.

A exposição faz parte da celebração, em julho deste ano, do centenário do MAB, unidade do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), vinculado à Secretaria de Cultura do Estado (Secult), que funciona de terça a sexta-feira, das 13 às 19h, e sábados, domingos e feriados, das 14 às 18h. A mostra fica em cartaz no salão principal, até 30 de maio, com visitação gratuita.

Miguel Cordeiro despontou na cena cultural em 1979 por meio dos grafites urbanos de Faustino, inesquecível personagem que povoou os muros de Salvador e outras cidades do Brasil, ironizando aspectos do comportamento humano nas situações do cotidiano.  Nesta exposição do MAB o público poderá conferir a série Gauguin Delicatessen; a adaptação ilustrada de ‘O Corvo’, de Edgar Allan Poe; e objetos-esculturas que flertam com o inusitado. Os trabalhos são em variadas técnicas e dimensões, que transitam entre a pintura, o desenho, a colagem e a construção de objetos, num convite para o deleite estético e a reflexão sobre as certezas e as incertezas da nossa evolução e o nosso permanente desnorteio.O diretor do Museu de Arte da Bahia, Pedro Arcanjo, informa que a exposição de Miguel Cordeiro “impressiona pela sua expressão estética e rebeldia temática que se insere no contexto atual e no desafio de nossa gestão em transformar o MAB em um lugar de inquietação, sobretudo nesse momento, onde as questões de igualdades sociais se impõem contemporaneamente”.

Segundo Miguel, “tudo nasce dos desenhos, dos esboços, anotações e observações, pequenos projetos que eventualmente, num futuro próximo, possam ser transformados e elaborados”. O seu processo poético de criação começa com um primeiro traço na folha de papel, na ideia que se materializa ganhando vida no desenvolvimento do discurso e na composição da obra de arte.

Sobre o artista

Miguel Cordeiro nasceu em Salvador, em 1956. Autodidata, começou sua trajetória na primeira metade dos anos 1970 com trabalhos em desenho, colagem e pintura. Suas principais influências foram a Arte Pop, o Rock, as histórias em quadrinhos e os livros de escritores ligados ao movimento da Contracultura.É reconhecido como um dos pioneiros do Graffiti e Street Art no Brasil, tendo, em 1979, criado o personagem Faustino, que retratava aspectos do comportamento humano em um mundo de permanente transformação. Participou de dezenas de exposições e mostras no circuito alternativo, ilustrou capas de discos e livros, e com o advento da Internet, sua arte ganhou destaque também nas mídias eletrônicas, sendo compartilhada e analisada em diversos sites nacionais e internacionais.

Sua última exposição individual foi ‘Horizonte’, na Sala Contemporânea do Palacete das Artes, na capital baiana, entre novembro 2014 e março 2015, teve excelente recepção do público, que compareceu massivamente. Além disso, foi acolhida pela crítica como uma das grandes exposições realizadas em Salvador no período.

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