Medicamento específico para câncer de próstata é liberado pela Anvisa

O que muda para o paciente do Distrito Federal?

Liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Rádio-223 é um radiofármaco (medicamento que utiliza como princípio doses baixas e seguras de radiação) utilizado para o tratamento de casos avançados de câncer de próstata: quando a doença já se espalhou pelos ossos. Particularmente eficiente em variantes de câncer que não respondem ao tratamento tradicional, o composto passa a ser oferecido aos pacientes no Distrito Federal – representando um avanço importante para pacientes brasilienses com câncer de próstata que se mantém após cirurgia de remoção.

A informação é do Grupo Núcleos, pioneiro na prestação de serviços em Medicina Nuclear no Centro-Oeste.
“A comunidade médica sabe que o Rádio-223 é capaz de melhorar a qualidade de vida de pacientes que já passaram por tratamentos convencionais da doença. A molécula do medicamento imita o cálcio dos ossos do paciente e, uma vez injetada, vai até onde o câncer se espalhou, levando a carga radioativa para as metástases ósseas”, afirma o Dr. Gustavo do Vale Gomes, médico nuclear especialista em tratamento com Rádio-223, gestor clínico do Núcleos e integrante da Diretoria da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN).

Ele explica que esse é um dos principais avanços da última década no combate ao câncer de próstata. Em ensaios clínicos, observou-se sobrevida média de 14 meses em homens tratados com a terapia – número 25% acima da média do grupo controle, que recebeu placebo.

“Estamos bastante satisfeitos em conseguir atender, já nessa fase inicial, um número expressivo de pacientes e esperamos ampliar esse atendimento gradativamente, uma vez que o câncer de próstata é o mais comum em homens, com 840 casos para cada 100 mil habitantes no DF, segundo o INCA”, completa.

Até o momento, o Grupo Núcleos já soma dez pacientes em tratamento no Distrito Federal. Alguns entraves limitam esse avanço. Por exemplo, a aplicação do medicamento ainda não está liberada no sistema público de saúde, nem no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Além disso, o processo para a liberação do medicamento, que vem diretamente da Alemanha, depende, caso a caso, de um processo burocrático com os diversos convênios.

OUTROS AVANÇOS DO NÚCLEOS

O Grupo Núcleos também se prepara para expandir seu atendimento em Brasília, deixando de ser apenas uma clínica de medicina nuclear, passando a oferecer um serviço mais amplo na área de radiologia (tomografias e ultrassonografias, além de densitometrias ósseas já realizadas). Além disso, ao longo do mês, o Núcleos também inaugurará um novo espaço de PET-CT, no Centro Médico do Edifício Pio X, na Asa Sul. Enquanto que a Asa Norte receberá, no Edifício Carlton Center, um centro de exames de medicina nuclear com cintilografias miocárdicas.

“Com a ampliação dos atendimentos, o Grupo Núcleos torna-se ainda mais relevante, tanto para a classe médica quanto para a população de Brasília e Centro-Oeste”, comenta Gomes.

 

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