Odebrecht desenvolve plataforma para atendimento de emergências em tempo real no Gasoducto Sur Peruano

Sistema que permite localizar, classificar e responder imediatamente situações de risco recebe premiação internacional da IPLOCA

Uma iniciativa da Odebrecht no Gasoducto Sur Peruano (GSP) vem contribuindo para reforçar a segurança dos mais de sete mil integrantes das obras e das comunidades próximas ao projeto. O Centro de Operações de Emergências (COE) – uma central baseada na plataforma “911” (o equivalente ao 190 no Brasil) utilizada para atendimento de emergências em vários países – permite localizar, classificar e responder situações de danos ambientais, materiais ou acidentes que envolvam pessoas em qualquer ponto do GSP.

Pela eficiência do sistema, o COE foi reconhecido como um dos três melhores trabalhos em Saúde e Segurança do Trabalho no 50º Congresso da IPLOCA (International Pipeline & Offshore Contractors Association, associação internacional que reúne 240 empreiteiras de gasodutos do mundo todo), realizado no mês de setembro, em Paris. “O Gasoduto Sur Peruano tem mais de mil quilômetros de extensão, passa por zonas com diferentes topografias e, como em todo grande projeto, há riscos envolvidos. O desafio de trabalhar em obras localizadas em áreas complexas, como a selva peruana, comprova a capacidade técnica da Odebrecht, e a iniciativa de implementar um sistema como o COE demonstra a preocupação da empresa com a integridade e a segurança de quem participa do projeto”, comenta Fernando De Ferraris, responsável pela implantação da Central.

O Centro de Operações de Emergências conta com operadores capacitados para receber a demanda, tipificar a emergência e dar resposta imediata a quem faz o contato. Quando recebe uma chamada, o atendente consegue saber a exata localização de quem liga, pois todo o monitoramento é feito por meio de satélites. O passo seguinte é abastecer o sistema com informações sobre o evento para conhecer a real situação: onde é a ocorrência, se há danos ambientais, materiais, pessoas feridas e qual o nível de gravidade.

Nesse primeiro momento, o operador pode, por exemplo, encontrar o médico mais próximo do local da emergência, orientar manobras de primeiros-socorros e ter acesso à ficha médica de pessoas envolvidas na emergência. De acordo com o tipo e a gravidade do acidente, o atendente mobiliza os recursos necessários para a chamada, como ambulâncias ou helicópteros. A plataforma também localiza, ao longo do GSP, helipontos, hospitais, estações de bombeiros e acampamentos ao redor da ocorrência.

“A vantagem de um sistema como o COE é a capacidade de resposta transversal às emergências. É possível integrar todos os sistemas de respostas, inclusive os governamentais, e dar uma resposta rápida e eficiente à demanda”, explica De Ferraris. “A plataforma foi integralmente desenvolvida pela Odebrecht e é facilmente replicável em outras obras”, afirma.

Por conta das dificuldades de comunicação em vários pontos do GSP, a equipe do COE conta com diferentes equipamentos para receber as chamadas. É possível acessar a central por meio de telefones via satélite, IP, rádios e aparelhos celulares de diferentes operadoras.

“Em um projeto com a envergadura do gasoduto – 1.134 quilômetros de linhas, ao longo de três estados peruanos, passando por regiões de selva, serra, com alturas que chegam a 4.600 metros, e terminando na costa sul – há dificuldades de acesso e de comunicação ao passo que existe uma grande variedade de situações potenciais de emergência. O COE foi desenvolvido para atender qualquer emergência em qualquer ponto do projeto”, garante De Ferraris.

 

Monitoramento via satélite

O COE funciona a partir do monitoramento via satélite de todos os integrantes e da frota do GSP. Cada integrante da obra tem um dispositivo chamado SPOT, que funciona por meio de satélites, o que garante que todas as pessoas, estando em atividades individuais ou em equipes, podem ser localizadas com precisão a qualquer momento. Por meio de botões de diferentes cores instalados nos equipamentos, o SPOT permite ao portador informar, além de emergência grave, a necessidade de algum tipo de ajuda ou, ainda, indicar que está tudo bem.

“O SPOT transmite, via satélite, informações constantes ao COE. Se a pessoa tiver uma emergência e acionar o ‘botão do pânico’, a central receberá um alarme e saberá que há uma situação de risco. Conseguiremos conhecer a latitude, a longitude, o nome, o cargo, e o telefone de quem chama, e fazer contato via satélite. Caso não seja possível contatar quem chama, é possível mandar a equipe mais próxima, de helicóptero ou ambulância, dependendo da necessidade”, explica De Ferraris.

 

Prevenção

Quando não está acionado por emergências, o COE atua como ferramenta de prevenção. É possível monitorar comboios que se desloquem pela obra, o cumprimento de normas de trânsito por motoristas, gerar relatórios meteorológicos e alertas climáticos e de tráfego. “Podemos dar informações de vento, chuva, descargas elétricas, umidade relativa e pressão atmosférica nos diferentes pontos da obra”, esclarece De Ferraris.

 

Sobre o Gasoducto Sur Peruano

O Consórcio Gasoducto Sur Peruano é responsável pela construção de um gasoduto no sul do país. O projeto contempla a construção, operação e manutenção do gasoduto de mais de 1.000 km de extensão, desde a zona de selva até a costa peruana. Além disso, compreende o fortalecimento do sistema de transporte de gás natural e líquidos existente, impactando diretamente no desenvolvimento das regiões de Cusco, Arequipa, Moquegua, Puno, Apurímac e Tacna.

O Gasoducto Sur Peruano está instalado em Malvinas (distrito de Echarati – província de La Convención, região de Cusco), onde os campos de gás natural de Camisea estão localizados. A concessão do gasoduto será de 34 anos, representando o maior investimento em infraestrutura da história do Peru.

 

Sobre IPLOCA

Criada em 1966, a International Pipeline & Offshore Contractors Association (IPLOCA) é uma organização sem fins lucrativos que reúne mais de 240 empresas de construção de gasodutos de todo o mundo. O Prêmio IPLOCA é um reconhecimento anual aos trabalhos das empresas que atuam no setor de projetos de tubulações e de instalações offshore. São condecoradas iniciativas relacionadas à saúde, segurança, meio-ambiente, responsabilidade social e inovação.

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