Papel da PM no Maranhão é de isenção para garantir eleições limpas, afirma coronel Pereira

São Luís (MA) – O comandante da Polícia Militar do Maranhão, coronel Frederico Pereira, concedeu entrevista sobre as ações da área de segurança para as eleições municipais deste final de semana. Na ocasião, aproveitou para esclarecer perguntas a respeito da prisão do major Janilson Cordeiro, lotado no 12º Batalhão de Polícia Militar, na última terça-feira (27), em Imperatriz.

De acordo com o coronel, o major foi detido pela quebra de hierarquia e disciplina, e por crime de insubordinação que está previsto no Código Penal Militar. “Se um policial declara publicamente que ele está defendendo um candidato quem quer que seja, não é prudente que esse policial permaneça na região dele”, explicou o coronel Pereira. “Porque com certeza ele poderá até usar das suas prerrogativas policiais para influenciar algum tipo de situação”, explicou.

O coronel Pereira destacou que não é lícito a nenhum policial militar se envolver em querelas políticas, sobretudo durante o período eleitoral, pois a PM, há muitas décadas, é o órgão garantidor da imparcialidade das eleições e da segurança do pleito.

Além das motivações eleitorais, o coronel Pereira citou que a transferência de localidade de policiais durante o período eleitoral é algo comum por várias razões, entre elas o tempo de serviço deles nas cidades. “A transferência de um policial nesse período é exatamente para garantir a lisura do processo, como também a integridade desse servidor, já que ele não pode se envolver, em absoluto, com questões políticas, porque o nosso papel é exatamente garantir a lisura do processo”, destacou.

De acordo com o comandante da PMMA, houve quebra clara da hierarquia por parte do major Janilson, após ele ter recebido determinação para sua movimentação do interior para a capital, deixando com isso de acatar ordens estabelecidas pelo comando da Corporação, vindo inclusive a manifestar seu descontentamento e insatisfação nas redes sociais. Além disso, ele incorreu também na insubordinação, que é um crime militar, proferindo “palavras injuriosas ao governador do Estado, que é o comandante-em-chefe da Corporação”.

“Papel da PM é garantir eleições limpas”

O coronel Pereira explicou que as Polícias Militares são regidas e os seus pilares fundamentais são: a hierarquia e a disciplina. “Então não é possível que esses dois pilares sejam quebrados, e foi o que aconteceu. O Major Janilson, lamentavelmente, perdeu a compostura e publicamente desferiu palavras desairosas como nós todos já sabemos”, esclareceu o coronel.

O comandante enfatizou que o que a PMMA quer é que policiais não se envolvam, sejam eles de que patente for, em questões pessoais políticas, porque o papel deles nas eleições é garantir um pleito eleitoral limpo, sem tendências para nenhum lado. “Nós, da polícia, temos que ser os mais isentos possíveis, porque nós somos os garantidores. É a gente que vai evitar a compra de voto, é a gente que vai evitar o voto de ameaça”, reiterou.

O coronel Pereira explicou, ainda, que o major Janilson Cordeiro foi preso em flagrante delito e está à disposição da Justiça Militar para o andamento do processo legal.

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