Valores levantados pelo Nube apresentam diferenças entre gêneros e idades para estudantes dos ensinos médio, técnico, superior e superior tecnólogo
Qual estagiário recebe mais: Química ou Marketing? Logística ou Secretariado? O Nube – Núcleo Brasileiro de Estágios, realizou a “Pesquisa Nacional de Bolsa-auxílio 2016″ e traz as respostas. O estudo revela os valores pagos aos estagiários do Brasil e foi feito entre os dias 25 de outubro e 22 de novembro de 2016. Houve a participação de 20.600 estudantes de diferentes níveis, em todo o país. Os números apresentam a média por empresas e outras estatísticas.
A média geral paga a um estagiário brasileiro é de R$ 965,63. Para quem está no ensino médio, R$ 606,73; no médio técnico, R$ 762,58; Superior, R$ 1.083,95 e no superior tecnólogo, R$ 998,20. Para o presidente do Nube, Carlos Henrique Mencaci, “o valor da bolsa deve ser compatível com a mensalidade paga pelo estudante, pois grande parcela dos alunos arcam com os custos de sua graduação”. Houve um baixo aumento com relação a média de 2015: 1,7% (no ano anterior foi de R$ 949,31).
Entre as áreas com melhor remuneração, Mencaci destaca Agronomia e Economia, primeiro e segundo lugar no ranking nos dois últimos anos e Engenharia, sempre presente nas edições desse estudo. Por outro lado, “cursos como Pedagogia e Educação Física têm a quantia mais baixa devido à grande quantidade de candidatos para poucas vagas de estágio. O mercado segue a lei da oferta e procura, além da capacitação dos alunos”, explica o presidente.
Veja o ranking no Brasil, dos primeiros colocados, separados por nível e, na sequência, a média por regiões:
Ensino Médio: R$ 606,73
Ensino Superior: R$ 1.083,95
1. Agronomia | R$ 1.846,07 |
2. Economia | R$ 1.755,64 |
3. Ciências e Humanidades | R$ 1.425,90 |
4. Engenharia | R$ 1.313,37 |
5. Ciência e Tecnologia | R$ 1.309,01 |
6. Relações Internacionais | R$ 1.296,35 |
7. Química | R$ 1.281,55 |
8. Marketing | R$ 1.211,47 |
9. Farmácia e Bioquímica | R$ 1.192,82 |
10. Relações Públicas | R$ 1.153,34 |
Superior Tecnólogo: R$ 998,20
1. Tecnol. Banco de Dados | R$ 1.208,33 |
2. Tecnol. Sistemas de Informação | R$ 1.096,90 |
3. Tecnol. Comércio Exterior | R$ 1.080,73 |
4. Tecnol. Redes de Computadores | R$ 1.068,68 |
5. Tecnol. Secretariado | R$ 1.061,84 |
6. Tecnol. Informação | R$ 1.055,69 |
7. Tecnol. Logística | R$ 998,57 |
8. Tecnol. Gestão Comercial | R$ 980,88 |
9. Tecnol. Marketing | R$ 967,69 |
10. Tecnol. Design Gráfico | R$ 948,59 |
Médio Técnico: R$ 762,58
1. Técnico em Segurança do Trabalho | R$ 929,53 |
2. Técnico em Química | R$ 907,51 |
3. Técnico em Mecânica | R$ 880,32 |
4. Técnico em Automação | R$ 867,07 |
5. Técnico em Eletrotécnica | R$ 822,20 |
6. Ténico em Eletroeletrônica | R$ 815,39 |
7. Técnico em Eletrônica | R$ 791,38 |
8. Técnico em Mecatrônica | R$ 782,25 |
9. Técnico em Contabilidade | R$ 749,96 |
10. Técnico em Administração | R$ 727,71 |
Norte: R$ 575,20
Homem: R$ 605,29
Mulher: R$ 545,11
Nordeste: R$ 731,79
Homem: R$ 860,78
Mulher: R$ 602,81
Sudeste: R$ 884,91
Homem: R$ 943,65
Mulher: R$ 826,18
Sul: R$ 957,27
Homem: R$ 993,30
Mulher: R$ 921,24
Centro-Oeste: R$ 1.110,39
Homem: R$ 1.231,20
Mulher: R$ 989,57
Em relação ao sexo, os rapazes tiveram uma evolução maior com relação às moças, com um aumento de 3,2%, recebendo atualmente R$ 1.021,05. Já para as mulheres, foi mais discreto: 0,7% (R$ 924,14). Em 2015, a diferença entre a média de homens e mulheres era de R$ 71,99 e em 2016 passou para R$ 96,91. Ou seja, a diferença aumentou 34,6%,
“Essa variação é reflexo da predominância de alunos do sexo masculino nos cursos detentores das maiores remunerações, como Economia, Agronomia e Engenharias”, ressalta Carlos Mencaci. Em um panorama geral, a faixa etária com melhor remuneração no mercado é a dos 24 aos 29 anos, com R$ 1.133,02.
De acordo com a Abres – Associação Brasileira de Estágios, o país conta com 1 milhão de estagiários, sendo 740 mil para o ensino superior e 260 mil para o ensino médio e técnico. “Para o estudante com interesse em construir uma carreira de sucesso, o estágio é a principal ferramenta, pois promove a oportunidade de conhecer a rotina e os detalhes práticos de sua profissão”, afirma o presidente da Abres, Seme Arone Junior.
“Com a lei 11.788/2008, as empresas obtêm vantagens, como a isenção de encargos previstos na CLT e a possibilidade de contar com um jovem cheio de energia para desempenhar um bom papel, motivando diversos setores na contratação de jovens”, conclui.
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