Além dos mandados de prisão, estão sendo cumpridos quatro mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal. A ação é um desdobramento da Operação Calicute, que prendeu no ano passado o ex-governador Sérgio Cabral.
Eles são acusados de lavagem de dinheiro desviado de obras públicas no Rio de Janeiro. Também são investigados pelos crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa.
Haverá entrevista coletiva hoje, às 10h30, na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Justiça decreta nova prisão preventiva de Sérgio Cabral
A 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro expediu um novo mandado de prisão preventiva do ex-governador Sérgio Cabral. Cabral está preso desde 17 de novembro, sob a acusação de receber propina para fechar contratos públicos no estado. Além dele, outras duas pessoas já presas desde o ano passado também tiveram novo mandado decretado: o ex-assessor de Cabral Carlos Miranda e o ex-secretário Estadual de Governo Wilson Carlos.
Quatro mandados de condução coercitiva foram expedidos pela Justiça. Os alvos são a ex-mulher de Cabral Susana Neves, o irmão do ex-governador Maurício Cabral, Eduardo Plass e Luiz Arthur Andrade Correia. Mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em 27 endereços no Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público Federal, a operação de hoje, chamada Operação Eficiência, investiga a ocultação de mais de 100 milhões de dólares (R$ 317 milhões), através de remessas para o exterior. Em apenas um ano, de agosto de 2014 a junho de 2015, a organização criminosa movimentou R$ 39,7 milhões, segundo os procuradores responsáveis pela investigação.
Segundo o MPF, um dos esquemas investigados é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador por Eike Batista e Flávio Godinho, do grupo EBX, a pedido de Cabral, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá. Para dar uma aparência de legalidade à negociação, foi fechado um contrato de fachada para a compra de uma mina de ouro entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados.
Eike Batista, Godinho e Cabral também são suspeitos de terem tentado atrapalhar as investigações. Com o auxílio de colaboradores, o MPF já conseguiu repatriar cerca de R$ 270 milhões, que estão à disposição da Justiça Federal em conta aberta na Caixa. A força-tarefa está solicitando cooperação internacional para o bloqueio e posterior repatriação dos valores ainda ocultos em outros países.
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