Polícia Civil do ES apoia campanha nacional de Doação de Órgãos

Imagem: Divulgação
A Polícia Civil do Espírito Santo é uma das instituições que apoiam a campanha nacional de Doação de Órgãos, lançada nesse sábado(17), pelo Ministério da Saúde, no Rio de Janeiro. A divulgação marca o mês de comemoração do Dia Nacional da Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro.
Segundo o Ministério da Saúde, no primeiro semestre deste ano, o País bateu recorde com 1.438 doadores, 7,4% a mais quemesmo período de 2015. O objetivo da ação é estimular cada vez mais a população a ser doadora de órgãos e fazer com que o País alcance anualmente a meta de 14,4 doadores por milhão da população.
Aqui no Estado, a Polícia Civil, por meio do Departamento Médico Legal (DML), é parceira do Banco de Olhos do Espírito Santo (BOES) 18 anos.  A chefe de Polícia, delegada Gracimeri Gaviorno, ressaltou os benefícios que esse trabalho conjunto vem proporcionando ao longo desses anos.  “Estamos muito felizes por esse projeto continuar dando certo e proporcionar mais qualidade de vida para as pessoas beneficiadas com esses transplantes. Porém, não podemos nos esquecer da importância da conscientização da doação de órgãos e também de deixar claro entre os nossos familiares o nosso interesse em ser um doador”, ressaltou.
De acordo com a enfermeira do BOES Gabrielle Guidoni, das 2168 doações realizadas pela equipe BOES, desde a fundação em 1988, 607 delas foram efetivadas no DML. Ela explicou que o trabalho de conscientização sobre a importância da doação dos órgãos, em especial de córneas, é feito no DML por meio das abordagens realizadas por representantes da Central de Notificação, CaptaçãoDoação de Órgãos, aos familiares das vítimas.
“A conscientização também se estende aos médicos legistas, auxiliares de perícia, peritos papiloscopistas, motoristas e recepcionistas,tendo em vista que esses profissionais são os primeiros a terem contato com os familiares dos possíveis doadores. Por isso, a colaboração e o esforço da equipe do Departamento são de fundamental importância para nosso trabalho, pois agilizando os procedimentostransporte, necropsia e liberação do potencial doadorobtemos tecidos oculares de melhor qualidade para os transplantes”, afirmou.
A enfermeira informou, ainda, que para ser um doador de córnea basta ter entre dois e 75 anos. “Quem autoriza a doação é um familiar. Atualmente, a fila de pacientes aguardando transplante é de 72 pessoas, por isso a importância do incentivo à doação“,ressaltou.
Comemorações
Para este ano, no próximo dia 27, a Polícia Civil vai realizar o tradicional café da manhã em comemoração a mais um ano de parceria com o BOES.
Banco de Olhos do Espírito Santo
O Banco de Olhos do Espírito Santo (BOES) foi criado em 1998, por meio de uma parceria entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam) da Ufes, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes ) e o Serviço Social da Indústria (Sesi).
O Banco recebe doações, prepara e distribui córneas para transplante. A pessoa que receberá o tecido ou órgão, entretanto, é listada no Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e aguarda a marcação da cirurgia pelo médico.
O BOES funciona 24h/dia no próprio Hucam, na Avenida Marechal Campos, 1355, no bairro Maruípe, em Vitória.
Telefones:
Banco de Olhos: (27) 3335-7106/ 9995-2590
Central de Notificação, Captação e Doação de Órgãos: (27) 3235-1028
Processo de Transplante
Segundo informações da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), no Brasil, o transplante só acontece com a autorização, por escrito, de um familiar do doador.  Podem ser doados coração, pulmão, fígado, pâncreas, rim, córnea, ossos, músculos e pele.
O paciente que necessita do transplante, chamado de receptor, é aquele que está na lista de espera gerenciada pela Central de Transplantes do Estado. Além disso, ele tem que ser compatível com o doador.
Para ser um receptor, o paciente preenche uma ficha e faz exames para determinar suas características sanguíneas, da estatura física e antigênica (no caso dos rins), acompanhado e orientado pela equipe médica do centro de transplante de sua escolha ou região de domicílio.
Os dados são organizados em um programa de computador. A ordem cronológica é usada também como critério de classificação.  Quando aparece um órgão, ele é submetido a exames e os resultados processados ficam à disposição do sistema de classificação de receptores em lista;O programa faz o cruzamento entre os dados de doador e receptor e apresenta as dez opções mais compatíveis com o órgão. Esse dez pacientes não são identificados pelo nome para evitar favorecimento, somente pelas suas iniciais e números.
O laboratório refaz os exames e realiza outros novos com material armazenado desse receptor. Nesse momento, o receptor ainda não é comunicado. A nova bateria de exames aponta o receptor mais compatível.
O médico do receptor é contatado para responder sobre o estado de saúde do paciente. Se ele estiver em boas condições, é o candidato a receber o novo órgão. A partir de então, ele é contatado e decide se deseja o transplante. Caso o receptor  não esteja bem de saúde, o processo recomeça, seguindo a lista estabelecida, rigorosamente.

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