Os policiais também cumprem mandados de busca e apreensão na casa dos acusados e na Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro. Os três foram denunciados por associação criminosa e concussão, que é o uso de sua função pública para exigir vantagem indevida.
Segundo investigações da Polícia Civil, eles são acusados de envolvimento com um esquema fraudulento, desde 2014, que usava empresas funerárias e hospitais da região. As funerárias pagavam propinas aos três acusados para preparar os cadáveres dentro do IML antes do funeral, prática que é proibida.
Para aumentar o lucro do esquema, alguns hospitais enviavam corpos para o IML mesmo sem necessidade, isto é, pessoas que tiveram morte natural e insuspeita.
As investigações mostram que até funcionários terceirizados, contratados originalmente para manutenção e limpeza do prédio, faziam o trabalho de auxiliares de necropsia, ajudando na lavagem, arrumação, preenchimento e maquiagem dos cadáveres para entregá-los preparados, dentro dos esquifes.
O esquema, segundo o Ministério Público, causava prejuízos aos cofres públicos, devido ao grande número dessas autópsias desnecessárias. De acordo com o MP, o IML de Campo Grande apresenta, estatisticamente, um número de atendimentos por morte natural extraordinariamente superior ao número de perícias por morte violenta.
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