Projeto capacita pessoas em vulnerabilidade social

Ponto de Cidadania oferece cursos de manicure e maquiagem e eletricista básico para pessoas em situação de rua. Fotos: Mateus Pereira/GOVBA

De dentro de uma sala de aula no bairro de Nazaré, em Salvador, o conhecimento é convertido em oportunidade todos os dias. Através do projeto Ponto de Cidadania, pessoas em situação de rua e usuários de drogas têm acesso a cursos de capacitação profissional nas áreas de manicure, maquiagem e eletricista básico. Com aulas de quinta a terça-feira, as turmas aprendem uma profissão, fomentando a inserção da população atendida no mercado formal e informal.

“O curso está me fazendo caminhar no sentido certo. Se estivesse na rua, estaria perdendo uma grande oportunidade de aprender para conseguir um emprego ou, até mesmo, trabalhar como autônomo”, afirma Jadilson Alves, ex-usuário de drogas e um dos sessenta alunos do projeto.

Com carga horária de 60 horas, os cursos começaram no dia 3 de abril e vão até o dia 30 de maio. Além de ensinar uma profissão, a capacitação tem o princípio da redução de danos. A ideia é tirar o foco das substâncias psicoativas e estimular que os alunos canalizem as energias e pensamentos na construção de um novo contexto.

“A gente não impõe nada a eles. Nós procuramos acolher e entender o que os levou à vulnerabilidade social. A partir daí identificamos aptidões, e direcionamos o aluno para o curso que o melhor atenda. Buscamos, pelo menos, fazer com que o uso da droga deixe de ser a atividade primária, ocupando a mente dos alunos com conhecimento e coisas positivas”, explica o coordenador do Ponto de Cidadania, Tiago Cerqueira.

Como suporte, o curso garante material didático e algumas ferramentas para as atividades práticas, além de vestuário, transporte e lanches para os usuários do serviço. O Ponto de Cidadania é um projeto idealizado pelo Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas (Cetad), financiado pela Superintendência de Prevenção e Acolhimento aos usuários de Drogas e Apoio Familiar (Suprad), vinculada à Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), do Governo do Estado. O projeto é executado através do convênio com a Comunidade Cidadania e Vida da Bahia (ComVida).

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