Projeto do Museu de Ciência e Tecnologia será escolhido por concurso

O secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação da Casa Civil, Marcelo Aguiar assina o contrato.

Governo assinou contrato nesta segunda-feira (10) com o Instituto de Arquitetos do Brasil para organizar o certame. Espaço será instalado no Eixo Monumental, próximo ao Planetário de Brasília

O projeto arquitetônico do Museu de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal será escolhido por meio de concurso público. Profissionais de todo o País poderão buscar a chance de projetar a edificação para uma das áreas mais simbólicas de Brasília, o Eixo Monumental.

O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Célio Melis Júnior, assina o contrato ao lado do chefe da Casa Civil em exercício, Fábio Pereira.

O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Célio Melis Júnior, assina o contrato ao lado do chefe da Casa Civil em exercício, Fábio Pereira. Foto: Toninho Tavares/Agência Brasíilia

O contrato para organização do certame — no valor de R$ 280,2 mil — foi assinado pelo chefe da Casa Civil em exercício, Fábio Pereira, e pelo presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-DF), Célio Melis Júnior, nesta segunda (10), no Salão Nobre do Palácio do Buriti.

Futuramente, o espaço será instalado no Setor de Divulgação Cultural, na área aberta entre a Funarte e o Planetário de Brasília. O terreno terá cerca de 17 mil metros quadrados de área construída.

Para o secretário adjunto de Ciência, Tecnologia e Inovação da Casa Civil, Marcelo Aguiar, o concurso, além de ser um passo importante para tirar do papel o museu idealizado há 20 anos, vai atrair arquitetos de todas as regiões do Brasil.

É o primeiro concurso público nacional para o Eixo Monumental desde o projeto do Plano Piloto, vencido por Lucio Costa

“O Eixo Monumental foi ocupado historicamente por projetos de Oscar Niemeyer e Lucio Costa, com algumas exceções, como o Centro de Convenções. [Desde então], esse é o primeiro concurso público nacional para o Eixo Monumental. É um marco para a nossa cidade”, avaliou.

A estimativa é que o edital seja lançado em até 45 dias. Em seguida, o instituto calcula cerca de 60 dias para que os concorrentes apresentem as propostas e o resultado seja anunciado.

Os três primeiros colocados receberão premiações de R$ 50 mil, R$ 20 mil e R$ 10 mil, para o primeiro, o segundo e o terceiro lugares, respectivamente.

Após a solenidade, o presidente do IAB-DF destacou que a modalidade concurso público é mais transparente e democrática e que o governo de Brasília tem sido um exemplo ao adotar essa forma. “É possível ter um espaço público com mais qualidade, investindo melhor o dinheiro público”, afirmou.

As vantagens da modalidade foram confirmadas pelo secretário de Gestão do Território e Habitação, Thiago Teixeira de Andrade.

“Tem sido usado pelo governo principalmente para a requalificação de espaços públicos, como a Orla Livre. Faz jus ao gene da cidade, que foi fruto de um concurso há 60 anos.” Ele assinou o contrato como testemunha ao lado de Marcelo Aguiar.

“É um privilégio participar do certame que vai colocar a marca no mais importante eixo rodoviário do Brasil, com obras icônicas do ponto de vista de arquitetura e urbanismo”Célio Melis Júnior, presidente do IAB-DF

O IAB-DF aposta ainda que, devido às características da proposta, a concorrência será alta. “Para qualquer escritório de arquitetura é um privilégio participar de um certame que vai colocar a sua marca no mais importante eixo rodoviário do Brasil, com obras icônicas do ponto de vista de arquitetura e urbanismo”, opinou Célio Melis Júnior.

Histórico

A missão do museu será promover educação científica e tecnológica, sob uma perspectiva cultural. Isso será feito por meio de programas inovadores e interativos que estimulem a curiosidade e a investigação científica.

Idealizado desde 1997, quando, por meio de convênio entre a Universidade de Brasília e o governo local, foi criado um grupo de trabalho para desenvolver o projeto, o Museu de Ciência e Tecnologia de Brasília foi oficialmente criado por meio do Decreto nº 34.838, de 2013.

Atual governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg atuou, em 2004, para a concretização do museu. À época ele era secretário de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social do antigo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (agora acoplado ao Ministério das Comunicações).

Em 2012, a proposta ganhou o apoio de novos órgãos, como da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), autarquia vinculada ao Ministério da Integração Nacional. Nessa época, foi dada formatação ao projeto, com referências arquitetônicas que vão embasar o edital do concurso.

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