Público se despede do Festival Sergipano de Artes Cênicas

'Anjo Negro' fechou as apresentações do Festival

Cerca de 10 mil pessoas assistiram a mais de 20 atrações, entre apresentações de teatro, dança e circo, além de palestras e oficinas

 

Terminou no último domingo, 30, o III Festival Sergipano de Artes Cênicas, promovido pelo Governo de Sergipe por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). Totalmente gratuito, o evento contou com diversas apresentações, que ocorreram nos teatros Atheneu, Lourival Batista, Tobias Barreto, praças e outros espaços públicos de Aracaju e do interior, ao longo de mais de um mês de programação. Ao todo, o festival ofereceu ao público mais de 20 atrações, entre apresentações de teatro, dança e circo, além de palestras e oficinas. Cerca de 10 mil pessoas assistiram aos espetáculos.

Neste fim de semana, dois espetáculos encerraram o ciclo de apresentações: no domingo, 30, ‘Anjo negro’ ocupou o palco do Tobias Barreto; já no sábado o show de dança ‘Ayeye, uma década de africanidade na educação sergipana’, do grupo ‘Um Quê de Negritude’, lotou o mesmo teatro. ‘Anjo Negro’, apresentada pelo Eitcha Companhia de Teatro, é baseada na obra de Nelson Rodrigues e fruto do edital ‘Cesar Macieira’ de incentivo às artes cênicas 2014, também promovido pelo Governo de Sergipe, por meio da Secult. O protagonista, Ismael, é um médico bem-sucedido, mas com problemas em aceitar sua própria identidade racial. Negro, ele é casado com uma mulher branca que não suporta a ideia de gerar descendentes mestiços.

Segundo o ator e diretor geral do espetáculo, André Santana, a Secretaria de Estado da Cultura cumpre um papel muito importante na cadeia produtiva das artes cênicas com a realização de editais e eventos com o Festival de Artes Cênicas. “O evento foi lindo demais e a gente precisa cada vez mais de projetos que fortaleçam a cena teatral sergipana”, disse.

Com direção geral de Clélia Ramos e coreografia de Adriano Matos, ‘Ayeye, uma década de africanidade na educação sergipana’ é um espetáculo do grupo ‘Um Quê de Negritude’, formado há dez anos por alunos do Colégio Estadual Atheneu Sergipense. Eles mostram, por intermédio das danças, os movimentos feitos pelos índios e pelos afrodescendentes.

Segundo a diretora Clélia, o objetivo do grupo é atender as leis 11.645/2008 e 10.639/2003, que tratam da obrigatoriedade da cultura afro e indígena nas escolas estaduais. “Um Quê de Negritude busca divulgar a cultura afro-brasileira, por meio da dança e promover reflexões sobre o racismo e o preconceito racial na atualidade”, ressaltou.

Terminou no último domingo, 30, o III Festival Sergipano de Artes Cênicas, promovido pelo Governo de Sergipe/ Fotos: Pritty Reis/Secult

Incentivo

Viabilizado pelo Fundo de Desenvolvimento Cultural e Artístico (Funcart), o Festival de Artes Cênicas teve como principal objetivo incentivar a produção cultural sergipana, a formação de plateia e garantir o direito de acesso à cultura, contemplando diversos gostos e faixas etárias.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, João Augusto Gama, é de fundamental importância o incentivo ao trabalho do artista sergipano. “O Festival reforça o comprometimento do Governo de Sergipe com o estímulo à produção local do nosso teatro. O evento promoveu o acesso democrático do público, que prestigiou os espetáculos gratuitamente”, ressaltou.

Pela primeira vez participando do festival, a estudante Júlia Trindade destacou a importância do incentivo por parte do governo em promover eventos culturais. “Nunca havia participado desse evento e esse foi o primeiro de muitos que ainda virão. Estou extremamente encantada com essa ação do Governo de Sergipe em promover essa oportunidade, que contribui para disseminar a cultura no nosso estado”, contou.

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