SE: ‘Cantos do Brasil’ da Orsse faz uma viagem musical pelo país

Concerto será nesta quinta-feira, 14. Ingressos já estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro Tobias Barreto a preços populares

Aracaju (SE) – Em concerto denominado ‘Cantos do Brasil’, a Orquestra Sinfônica de Sergipe trará ao seu público mais um repertório inteiramente dedicado à música brasileira. Com um repertório eclético, que transita desde a música popular da bossa-nova e Bahia, passa pelo movimento armorial de Pernambuco (iniciativa artística que busca construir uma música erudita tipicamente nordestina) e culmina em renomadas obras do repertório clássico orquestral, como as Bachianas Brasileiras nº4, de Villa-Lobos e o Batuque, de Lorenzo Fernandez. O concerto será no próximo dia 14 de julho, quinta-feira, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto, sob a regência de Guilherme Mannis,

Completa o programa a execução, de forma inédita em Aracaju, do ciclo de canções orquestrais denominado “Saudades do Brasil”, composto pelo francês Darius Milhaud (1892-1974). Os ingressos, a preços populares, R$30 (inteira) e R$15 (meia-entrada: estudantes, melhor-idade e professores), já estão sendo vendidos na bilheteria do Teatro Tobias Barreto.

Sobre o concerto, o maestro Guilherme Mannis, falou um pouco sobre a miscelânea que é o Brasil. “Diferentes culturas, diferentes etnias, diferentes paisagens. Assim é o Brasil. Sua arte, como reflexo desta pluralidade, não poderia ser diferente; trata-se de um caleidoscópio de estilos, cores, e formas de se pensar a vida.” A apresentação abordará muitas manifestações musicais, dos mais variados estados e estilos.

Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro

Em relação ao estado de Pernambuco, o Movimento Armorial, que foi uma iniciativa surgida na década de 80, de se criar música clássica a partir da cultura popular nordestina, estará representado pelo compositor Capiba e Benny Wolkoff. Já o arranjador Welligton das Mercês, que gentilmente cedeu duas grandes obras de sua produção à Orsse, foi o mentor de duas séries de orquestrações, uma das quais é dedicada à música baiana (obras de Dorival Caymmi, Toquinho, Vinícius de Morais e Ary Barroso), e a outra, inspirada na bossa nova carioca: uma trilogia dedicada ao maestro brasileiro Antonio Carlos Jobim (1927-1994).

Em relação às três obras finais do programa, o movimento inicial das Bachianas Brasileiras nº4, de Heitor Villa-Lobos (1887-1959), talvez seja a peça de cordas brasileira mais conhecida em todo o repertório sinfônico. Já as “Saudades do Brasil”, compostas por Milhaud em 1920, tratam-se da visão de um francês sobre nossa música e nossa estética artística. Adido cultural da França no início do século XX, na capital do Rio de Janeiro, o compositor ficou deslumbrado com a efervescência cultural daquela cidade, e, após deixar sua missão diplomática compôs este ciclo de canções, cada qual com supostas reminiscências musicais de um bairro distinto da cidade. Finaliza o programa o Batuque, de Oscar Lorenzo Fernandez (1897-1948), uma das peças brasileiras mais tocadas pela Filarmônica de Nova York sob a regência de Leonard Bernstein.

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