Obesidade pode reduzir expectativa de vida em até 10 anos

A obesidade é um problema que já afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Apesar de ser constantemente relacionada à estética, a obesidade traz riscos à saúde que vão muito além da autoestima. Considerada fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares – responsáveis por mais de 70% das mortes no Brasil³ –, o excesso de peso impacta, também, na expectativa de vida. Estudos realizados com quase 4 milhões de pessoas ao redor do mundo foram compilados e analisados pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, que publicou os principais achados no periódico The Lancet.

De acordo com o estudo, os riscos de doença cardíaca coronária, acidente vascular cerebral, doenças respiratórias e câncer aumentaram de forma proporcional em todos os pacientes², ou seja, quanto maior o IMC (Índice de Massa Corpórea) do indivíduo, maiores as chances de desenvolver algum desses problemas. Além disso, o risco de morte prematura – entre 35 e 69 anos – naqueles com excesso de peso ou obesidade também aumentou: entre os homens, o risco saltou de 19% nos que apresentavam peso normal para 29,5% naqueles com obesidade moderada; já entre as mulheres, o risco aumentou de 11% para 14,6%. No caso de pessoas com obesidade severa, estima-se que a queda da expectativa de vida possa ser de até 10 anos.²

Chamando a atenção para esse cenário, considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma “epidemia de sobrepeso e obesidade”, foi criada a campanha Obesidade é o que você não vê, com o objetivo de conscientizar a população sobre os impactos do excesso de peso na saúde e reforçar o fato de que a obesidade deve ser enxergada como doença, e não como uma escolha individual.

Segundo a Dra. Cintia Cercato, endocrinologista e presidente da ABESO, entidade apoiadora da campanha, o estigma em torno da obesidade contribui para que a doença seja subtratada. “Ao dizer que ‘só tem obesidade quem quer’ ou que ‘para perder peso, basta comer bem e se exercitar’, todas as causas complexas da obesidade são minimizadas e o excesso de peso passa a ser encarado como opção, o que não é verdade.”

A endocrinologista e gerente médica de Obesidade da Novo Nordisk, Rocio Riatto Della Coletta, completa: “É necessário que se veja além das questões estéticas e sociais, já que o excesso de peso traz sérios prejuízos à saúde. Enquanto a obesidade não for encarada como questão de saúde pública, a incidência de diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas continuará crescendo”.

No site oficial da campanha, é possível encontrar informações sobre a obesidade e as doenças relacionadas ao excesso de peso, conhecer os fatores que ajudam a determinar o peso de um indivíduo, entender como funciona o apetite de uma pessoa com obesidade e por que o organismo recupera os quilos perdidos. Além disso, é possível calcular o IMC, ver os mitos mais comuns sobre a perda de peso e saber quais as ferramentas disponíveis para tratar a obesidade. Para saber mais, acesse www.saudenaosepesa.com.br.

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