Formalização de trabalhadoras domésticas aumentou em 2016

Dados apresentados nesta quarta-feira (19) mostram que mais empregadas têm carteira de trabalho assinada

Houve aumento na formalização para as trabalhadoras domésticas de Brasília em 2016. Os dados divulgados na manhã desta quarta-feira (19) mostram que o número de empregadas da categoria que são mensalistas e têm carteira de trabalho assinada cresceu.

É o caso de Ivanilda Bastos, de 33 anos, que conseguiu os benefícios da carteira de trabalho em janeiro de 2016. “Passei a receber salário-família, seguro-desemprego, licença-maternidade”, enumera.

Ela é uma das trabalhadoras que aumentaram o índice de 51,1% em 2015 para 51,7% em 2016, segundo foi constado na pesquisa da Secretaria Adjunta do Trabalho, da Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Ao mesmo tempo, o número das sem carteira assinada diminuiu de 18,1% em 2015 para 15,2% em 2016. As diaristas completam o efetivo com 30,8% em 2015 e 33,1% em 2016.

O levantamento foi feito em parceria com a Companhia de Planejamento do DF(Codeplan) e com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Número de empregadas domésticas que não dormem no trabalho aumentou

Outro dado relevante mostrado pela pesquisa é que a proporção de empregadas domésticas que não moram no local de trabalho aumentou. Em 2015, 91,6% das trabalhadoras não dormiam nos empregos, enquanto em 2016 o porcentual foi para 93%.

Ivanilda faz parte desse grupo. “Não tinha hora extra, mesmo morando na casa. Depois, comecei a receber muito mais por isso, e eles pediram para eu não dormir mais lá.”

“Não tinha hora extra, mesmo morando na casa. Depois, comecei a receber muito mais por isso, e eles pediram para eu não dormir mais lá”Ivanilda Bastos, de 33 anos

Apesar de terem mais direitos com a carteira de trabalho, as empregadas com os benefícios são as que têm a maior jornada média semanal, de 42 horas, mesmo que o tempo tenha diminuído desde 2012, quando era 44 horas.

No ano passado, as sem carteira trabalham 39 horas, enquanto a menor jornada fica com as diaristas, com média de 27 horas semanais. Em 2012, ano de comparação da pesquisa divulgada hoje, as sem carteira trabalhavam 42 horas, e as diaristas, 26.

Segundo o levantamento, as trabalhadoras da categoria envelhecem na profissão. É o que indica a proporção das que têm de 40 a 59 anos de idade. Elas correspondiam a 51,1% das empregadas domésticas em 2015 para, em 2016, representarem 55,2% do grupo.

Seja o primeiro a comentar on "Formalização de trabalhadoras domésticas aumentou em 2016"

Faça um Comentário

Seu endereço de email não será mostrado.


*