Governo lança plano +Bike com ampliação de ciclovias e mais bicicletas públicas em Brasília

Como parte das ações, Rollemberg inaugurou um dos cinco novos pontos e 50 bikes compartilhadas na Universidade de Brasília, nesta quarta-feira (9)

Ampliação de ciclovias, integração com outros transportes e mais bicicletas públicas estão entre as medidas do Plano de Ciclomobilidade de Brasília, o +Bike, lançado na manhã desta quarta-feira (9) pelo governador Rodrigo Rollemberg.

A solenidade ocorreu no auditório do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB).

A estratégia — que integra o programa Circula Brasília — está voltada para resolver a descontinuidade entre as ciclovias da cidade que não se comunicam. O objetivo é conectá-las e criar uma rede integrada para facilitar o deslocamento dos ciclistas.

Diversas medidas serão articuladas para essa finalidade, desde mais quilômetros de ciclovias, a instalação de bicicletários nos terminais de ônibus e um novo sistema de compartilhamento de bicicletas integradas ao BRT.

O investimento será de R$ 20 milhões, sem contar os valores aplicados em 72 quilômetros de projetos já em andamento, como a ciclovia da Estrada Parque Taguatinga (EPTG), a do Lago Oeste, a do Trevo de Triagem Norte e a da Ligação Torto-Colorado.

Como parte das ações, o governador Rollemberg inaugurou um dos cinco novos pontos e 50 bikes compartilhadas na Universidade de Brasília, nesta quarta-feira (9).

Como parte das ações, o governador Rollemberg inaugurou um dos cinco novos pontos e 50 bikes compartilhadas na Universidade de Brasília, nesta quarta-feira (9). Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

“O nosso objetivo é que, no futuro, todo o DF possa ser ligado por uma malha cicloviária”Rodrigo Rollemberg, governador de Brasília

O governador ressaltou que o plano considera tanto as ciclovias que serão usadas como meio de deslocamento de pessoas que usam esse meio de transporte para se locomover pela cidade quanto para quem usa a bicicleta como meio de lazer. “O nosso objetivo é que, no futuro, todo o DF possa ser ligado por uma malha cicloviária”, disse.

Brasília conta com 420 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. A meta é ampliá-las em 50%, chegando ao fim de 2018 com mais 218 quilômetros. Até 2022, o plano prevê ampliar para 1,2 mil quilômetros o alcance das ciclovias de Brasília.

Ampliação de bicicletas públicas compartilhadas

Ainda nesta manhã, já como parte das ações, o governador inaugurou um dos cinco novos pontos, com 50 bicicletas compartilhadas, instalados na UnB. Todos eles começam a funcionar hoje.

Com o lançamento de novos pontos de bicicletas compartilhadas, o DF passa a ter 45 locais para entrega e retirada dos equipamentos. Desse total, 16 foram inaugurados no atual governo.

Entre as prioridades, está a ampliação para regiões que contam com o transporte de metrô, distribuindo 60 pontos por Águas Claras, Taguatinga, Samambaia, Guará e Ceilândia.

Além disso, haverá remanejamento de pontos. Serão realocadas estações de locais onde há pouco uso das bicicletas públicas para outros com mais demanda.

Com o lançamento de novos pontos de bicicletas compartilhadas, o DF passa a ter 45 locais para entrega e retirada dos equipamentos. Desse total, 16 foram inaugurados no atual governo

Um exemplo é a praça dos Tribunais Superiores, no Setor de Autarquia Sul. Após reivindicação de trabalhadores da região, o espaço ganhará três estações.

O modelo seguirá o mesmo, com uma empresa privada, a concessionária do serviço, fazendo o gerenciamento.

Para o secretário de Mobilidade do DF, Fábio Damasceno, a iniciativa é uma forma de integrar a bicicleta ao sistema de transporte como um todo, garantir mais segurança e sustentabilidade para a cidade.

“Vamos oferecer melhor infraestrutura para aqueles que já usam a bicicleta, além de favorecer aqueles que querem começar a usar”, explicou.

De acordo com o titular da pasta, as vantagens do sistema incluem a melhoria da saúde da população e um trânsito mais fluído. “Queremos mudar os paradigmas, ser referência em respeito ao ciclista e incentivar ao máximo o uso desse meio”, definiu.

Segundo o Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade do Distrito Federal, 2% dos deslocamentos diários no DF são feitos por bicicleta, o que representa aproximadamente 77 mil viagens por dia.

Aplicativo para usar bicicletas será atualizado

Também dentro das medidas do plano, o aplicativo para usar as bicicletas passará por uma atualização e será renomeado para +Bike.

Entre as novidades do aplicativo está a cobrança de tarifa diária, de R$ 3, e de R$ 6 por mês, além da tarifa anual de R$ 10, o que pode ser uma opção para turistas ou para aqueles que querem usar a bicicleta por menos tempo.

As mudanças serão automáticas na atualização da ferramenta para quem já a possui. Nos últimos três anos, já foram feitas mais de 708 mil viagens com as bicicletas públicas da cidade.

Três mil paraciclos e dez bicicletários serão instalados no DF

Visando a integração do uso da bicicleta com outros modais, serão instalados bicicletários em dez terminais do sistema de transporte público coletivo.

Cada um deles terá capacidade de 30 a 50 vagas. De uso gratuito, bastará que o usuário leve um cadeado para prender a bicicleta no local.

Cada empresa de ônibus que opera na cidade ficará responsável pela instalação de dois bicicletários.

Ainda em agosto, a pasta lançará licitação para compra de 3 mil paraciclos. A instalação em diversos pontos do DF, principalmente naqueles que contam com transporte de metrô, está prevista para até o fim deste ano.

De acordo com Damasceno, a secretaria também trabalha em campanhas educativas em todo sistema de transporte público para estimular a boa convivência no trânsito.

O titular da pasta adiantou ainda que há uma ordem de serviço para contrato com o Banco do Interamericano de Desenvolvimento para um diagnóstico da malha cicloviária do DF.

Três terminais de BRT receberão testes para uso de bicicletas integradas

Três terminais de BRB — os de Santa Maria, do Gama e do Park Way — passarão por testes para implementar o compartilhamento de 150 bicicletas integradas. A licitação para os testes ainda está em fase de finalização.

A ideia é que os usuários fiquem com as bicicletas por um longo período, de cerca de 12 horas. Ou seja, alguém que saia do trabalho e chegue na estação de Santa Maria, poderá retirar uma unidade e ir para casa, por exemplo.

Apenas no dia seguinte, provavelmente quando precisar se deslocar novamente até a estação, é que o cidadão precisará devolver a bicicleta.

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