Igualdade racial e acesso à terra são destaques na Feira Estadual da Reforma Agrária

Foto: Ascom/Sepromi

Salvador (BA) – Quinhentas famílias de assentamentos rurais da Bahia movimentam a Praça da Piedade, no Centro de Salvador, com a 2º Feira Estadual da Reforma Agrária, que acontece até este sábado (13), sob a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e que teve a participação das secretarias estaduais de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e de Desenvolvimento Rural (SDR) na abertura dos trabalhos, na quinta-feira (11).

Além da comercialização de alimentos saudáveis, oriundos da agricultura familiar, a atividade também debate a agroecologia e o acesso a direitos fundamentais, incluindo ainda programação musical e artesanato. A titular da Sepromi, Fabya Reis, destacou que é realizado num emblemático mês, quando acontece o Agosto da Igualdade, calendário que resgata os 218 anos da Revolta dos Búzios.

“Esta praça traz uma simbologia muito grande, pois sediou a execução dos revoltosos deste movimento iniciado em 1798. Hoje o espaço é ‘resignificado’, através da presença de trabalhadores rurais, que mantém viva a luta pela transformação social na luta pela reforma agrária”. Segundo a secretária, o Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa da Bahia prevê um conjunto de medidas do capitulo dedicado ao acesso à terra, associado à política de promoção da igualdade racial.

O secretário de Desenvolvimento Rural, Jerônimo Rodrigues, que representou o governador Rui Costa, afirmou que a feira, aberta na quinta-feira (11), também é uma oportunidade de discutir a forma de produção de alimentos. “Apesar da dificuldade na realização da reforma agrária no País, eventos como esse nos deixam orgulhosos e serve de referência, porque por trás de cada barraca dessa feira há um conjunto de valores, por meio de alimentos de qualidade”.

A superintendente de Políticas Territoriais e Reforma Agrária (Sutrag/SDR), Renata Rossi, também esteve presente, destacando que trata-se de uma oportunidade para famílias soteropolitanas adquirirem livres de agrotóxicos, com preços justos. O dirigente nacional do MST, Evanildo Costa, informou que somente no primeiro dia do evento já foram comercializados mais de 20 mil quilos de produtos. “É fundamental debater nossos temas com a sociedade soteropolitana, importante no apoio ao processo de reforma agrária”. Outra dirigente nacional do MST, Elizabeth Rocha, disse que a agroecologia e a produção de alimentos saudáveis são pilares para a construção de uma ampla reforma no modelo de produção brasileiro. “É um instrumento de luta em defesa da vida”.

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