Plano Carboquímico do Estado vai para Assembleia ainda neste semestre

Uma política de desenvolvimento da matriz energética, levando em consideração a utilização do carvão, foi a pauta da visita do governador José Ivo Sartori e do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, à Mineração a Céu Aberto do Baixo Jacuí e às instalações da Copelmi Mineração Ltda., no município de Butiá, nesta segunda-feira (24). Também visitaram o local, o secretário de Minas e Energia, Artur Lemos Júnior, e o secretário de Geologia e Mineração do Ministério de Minas e Energia, Vicente Lôbo.

Sartori agradeceu a visita do ministro para conhecer o trabalho que vem sendo feito no Rio Grande do Sul, no âmbito da extração de carvão mineral, e disse que o Estado está fazendo a sua parte. “Em 2016 lançamos nosso plano de energia do Estado. E agora, no começo deste semestre, vamos enviar para a Assembleia Legislativa o Plano Carboquímico do Rio Grande do Sul, extremamente importante para essa região que deseja o desenvolvimento e atração de investimentos”, afirmou o governador.

A comitiva visitou diversas áreas da mineradora

Em missão oficial ao Japão, no último mês de junho, Sartori visitou a Usina Hitashinaka Power Plant, em Tokai-Mura (Ibaraki), e participou de reuniões sobre a exploração sustentável do carvão e a possibilidade de aproveitamento da tecnologia japonesa no Rio Grande do Sul. Além desses encontros, o governador reuniu-se com executivos da Copelmi e das empresas PWC Advisory LLC, Tokyo Eletric Power Company Holdinfs e IHI Corporation.

Já existe, concluído, um estudo de viabilidade para a construção, no Rio Grande do Sul, de uma usina térmica de carvão de alta eficiência para geração de energia idêntica à que foi visitada no Japão pela missão gaúcha.

Atualmente a mineradora opera em uma área de 80 hectares

O ministro Coelho Filho disse que seu roteiro desta segunda-feira começou em Santa Catarina, na cidade de Criciúma, e destacou que para o Ministério de Minas e Energia essas visitas são importantes “para ter um olhar mais atento. Posso considerar o potencial desses dois estados, que concentram aproximadamente 90% do carvão mineral do Brasil, na expansão da matriz energética brasileira”.

Segundo Coelho Filho, essa é uma indústria que movimenta a economia, com geração de emprego e renda, e sinaliza a investidores que o país está trabalhando. “A ideia é elaborar, assim como o Estado está fazendo, um planejamento com começo, meio e fim da utilização do carvão mineral, do ponto de vista do fornecimento energético, e enviar ao congresso”, destacou.

Questionado sobre a inclusão do carvão no próximo leilão de energia, o ministro afirmou que o governo federal pretende abrir um novo processo em novembro ou dezembro deste ano e disse que em agosto um grupo de trabalho será criado, com diversas áreas afins, para estudar a questão. “Se tivermos tempo hábil queremos incluir. Não sei se vai ser no volume que todos esperam, mas queremos fazer um leilão contemplando o maior número de fontes possíveis ainda este ano”, destacou.

O diretor de Novos Negócios da Copelmi Mineração, Roberto de Faria, que também participou da missão oficial do Rio Grande do Sul ao Japão, falou que o objetivo dessa visita é que o “carvão volte à agenda de discussões do país”. Faria acrescentou que a ideia é mostrar às autoridades que a mineração no Brasil é feita de forma sustentável, para que eles possam apoiar. “Você consegue fazer a produção de carvão e depois você tem 100% de recuperação da área minerada com outras atividades econômicas.

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