Procurador se recusa a investigar participação da Rússia em campanha de Trump

Segundo Jeff Sessions, sua decisão de não investigar a Rússia “não quer dizer que exista alguma investigação em andamento"Michael Reynolds/EPA/Agência Lusai
Segundo o procurador-geral, sua decisão de não investigar a Rússia “não quer dizer que exista  qualquer investigação em andamento”. Mas a pressão bipartidária para que Sessions renuncie ou se afaste de tais investigações está crescendo, à medida que os principais democratas no Capitólio, Nancy Pelosi na Câmara e Chuck Schumer no Senado, pedem a sua renúncia.

Sessions mentiu sob juramento nas audiências do Senado, acusou Pelosi na quinta-feira. Já o senador Schumer disse que o Departamento de Justiça deve nomear um procurador especial para investigar se a sabatina no Senado foi comprometida por Sessions.

De acordo com a imprensa, em setembro passado o então senador Jeff Sessions conversou ao telefone com o embaixador russo em Washington. Dois meses antes da conversa telefônica, Sessions também se reuniu com Kislayk e conversou com ele informalmente durante um evento realizado pela think tank  (instituição que produz conhecimento sobre assuntos estratégicos) Heritage Foundation, juntamente com 50 outros embaixadores.

“Foi uma conversa curta e informal”, disse a porta-voz do procurador, acrescentando que, como membro sênior do Comitê de Serviços Armados do Senado na época, Sessions reunia-se regularmente com embaixadores estrangeiros. “Eu nunca me encontrei com nenhum funcionário russo para discutir questões da campanha”, declarou ele.

Funcionários do Departamento de Justiça disseram que o procurador não considerou suas conversas com Kislyak relevantes para as perguntas dos senadores e não se lembra da discussão em detalhes.
Sessions foi apoiador de Trump e um de seus principais conselheiros durante a campanha eleitoral.

O conselheiro de Segurança Nacional de Trump, Michael Flynn, renunciou no mês passado depois de ter informado que discutiu as sanções dos EUA com o embaixador Kislyak em dezembro e que mentiu para o vice-presidente Mike Pence sobre os detalhes.

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