Secretaria apreende quase 2 toneladas de carne irregular

Produto foi encontrado em veículo no Centro de Atividades do Lago Norte, após abordagem da Polícia Militar. Toda a carga foi encaminhada para análise

Uma carga de quase 2 toneladas de carne sem nota fiscal, acondicionada sem refrigeração, foi apreendida pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural próximo ao Centro de Atividades do Lago Norte.

A operação ocorreu na noite de terça-feira (12), após a Polícia Militar do Distrito Federal abordar um veículo com a mercadoria irregular e acionar os fiscais da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal. A mercadoria irregular foi encaminhada para análise.

A carga apreendida se soma às mais de 20 toneladas de produtos em desacordo com a legislação sanitária apreendidas neste ano. Em 2016, foram mais de 43 toneladas. Desse total, 32 toneladas eram produtos clandestinos.

20 toneladas
Quantidade de mercadorias apreendidas no DF neste ano por desrespeito à legislação sanitária

A medida garante a segurança alimentar da população, uma vez que evita a o consumo de alimentos contaminados por bactérias ou toxinas. Tecnicamente, o quadro é chamado de toxinfecção.

“Quando sabemos a origem do produto, fazemos a análise em laboratório para verificar se está próprio para consumo. A parte em boas condições pode ser doada ao zoológico. O restante será incinerado”, explica Fábio Azevedo, chefe de Fiscalização de Trânsito, da Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal.

A compra irregular pode estar relacionada a outros crimes, alerta o chefe de Fiscalização. “Produtos sem origem podem causar doenças e em geral estão associados a roubo de carga, abate ilegal ou de animais não convencionais para a alimentação humana”, lista o técnico.

A carne obtida de forma clandestina pode ser vetor de doenças como a tuberculose e brucelose. Além disso, tem a higiene comprometida, vez que os abates são feitos em locais impróprios, sem estrutura adequada nem higiene. Nessas condições, há risco ainda de contaminação ambiental e prejuízo à saúde pública.

Parasitas e bactérias em carnes clandestinas

Análises de cargas apreendidas mostram que as más condições sanitárias favorecem a ocorrência de teníase, doença causada por larvas de Taenia (cisticercos), parasita que habita o intestino de animais.

Outros parasitas relacionados ao consumo de carne irregular são:

  • Salmonella: colônia de bactérias que causa infecção intestinal. Os sintomas variam de dor de cabeça a forte diarreia e desidratação
  • Escherichia coli – presente no intestino de humanos e de alguns animais. Podem aparecer sintomas como dor de estômago, vômito e até diarreia com presença de sangue

Se o parasita passar do intestino para a corrente sanguínea, ele pode se alojar no cérebro, no olhos, na pele ou em músculos – até mesmo o cardíaco. Os cisticercos podem causar problemas nervosos e cegueira e se manifestam quando a carne é malcozida ou mal assada.

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