Sem assistência e com mioma de 8 quilos, moradora de Abaeté busca ajuda

Com recomendação médica para cirurgia emergencial há mais de um ano, moradora precisa de tratamento e sofre com o risco iminente de uma hemorragia causada pelo tumor no útero 

Maria José de Almeida é uma aposentada de 60 anos, moradora da pequena Abaeté, cidade com cerca de 25 mil habitantes, localizada a 250 quilômetros da capital Belo Horizonte, na região Sudoeste de Minas Gerais. Viúva, Maria vive diariamente sob os cuidados da filha, com o desafio de enfrentar vários problemas de saúde. Entre eles, estão diabetes, hipertensão, excesso de peso – que compromete a locomoção e reduz a mobilidade – além de fortes dores de dente, quadro agravado pelo diabetes.

Além de todas essas complicações, que impactam na qualidade de vida, a moradora da cidade mineira também sofre de algo ainda mais preocupante: um mioma de 8 quilos diagnosticado, há mais de um ano, durante uma consulta em Belo Horizonte. Na época, a recomendação foi de cirurgia emergencial imediata para a retirada do tumor benigno, a fim de evitar uma possível hemorragia que aumentaria o risco de morte.

Com tantos problemas graves e com dores crônicas causadas pelas várias complicações de saúde, a moradora, dona de uma simplicidade e bom humor cativantes, vive uma espera interminável na esperança de, primeiramente, conseguir um acompanhamento multidisciplinar para, na sequência e o mais rápido possível, fazer a cirurgia para a retirada do mioma. “É uma luta contra o tempo. Me sinto muito debilitada. Além de não ter condições financeiras para fazer o acompanhamento, a minha região não tem a estrutura necessária para que eu possa tratar todos os meus problemas de saúde. Com isso, tento suportar as dores, que estão presentes 24 horas por dia,  à espera de que algo novo aconteça para que eu possa, ao menos, ter menos dor e, quem sabe, realizar minha cirurgia do mioma”, desabafa Maria José.

Lucinéria dos Reis Alves de Castro, vizinha e amiga de Maria José, explica o drama vivido por ela. “A situação dela é muito complicada. A gente acompanha tudo de perto, com muita tristeza, mas é difícil ajudar realmente no que ela precisa. Por conta do excesso de peso, ela fica muito parada e, além disso, sofre com dores de dente, pressão alta, diabetes e, por isso, passa a maior parte do dia deitada, exigindo cuidado integral da filha. Por conta disso, ela também não consegue sair para trabalhar, limitando a renda mensal das duas a um auxílio-doença, que é inferior a um salário mínimo”, relata Lucinéria.

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